As autoridades gregas lançaram uma operação de busca e salvamento na ilha de Lesbos nesta segunda-feira, após uma embarcação que transportava migrantes ter afundado.
No mais recente balanço do acidente, a guarda costeira referiu que resgatou sete migrantes com vida do mar a sudoeste de Cabo Agrília mas também reportou a morte de quatro pessoas.
Sublinhou ainda que não há informações sobre o número total de migrantes a bordo do barco naufragado.
“Recuperamos quatro corpos. Não sabemos se havia mais pessoas no barco”, disse um oficial da guarda costeira da Grécia.
“A guarda costeira continua as suas buscas na área para encontrar outras pessoas”, relatou.
Segundo a emissora local ERT, os sobreviventes são sudaneses.
As autoridades acrescentaram que a operação envolve duas embarcações, um helicóptero e uma unidade terrestre da Guarda Costeira.
Foi ainda acentuado que nos últimos dias têm ocorrido ventos fortes de 60 km/h nesta área perto da costa turca.
Cemitério mediterrânico
Há muito que a Grécia, no extremo sul da União Europeia, tem sido uma porta de entrada privilegiada na Europa para migrantes e refugiados do Médio Oriente, África e Ásia.
O país mediterrânico endureceu recentemente as regras de migração, após um ressurgimento de chegadas da Líbia através das ilhas gregas de Creta e Gavdos.
O naufrágio desta segunda-feira ao largo de Lesbos é o terceiro em águas gregas desde o início de outubro.
Há dez dias, duas mulheres foram encontradas mortas na costa rochosa de Quios, onde o barco em que viajavam, transportando um total de 29 migrantes, encalhou.
A 7 de outubro, outros quatro migrantes foram encontrados mortos ao largo da costa de Lesbos.
Na última sexta-feira, junto à costa de Bodrum, uma cidade no sudoeste da Turquia, a cinco quilómetros da ilha grega de Kos, 17 pessoas morreram afogadas após o naufrágio da embarcação onde seguiam.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, quase 1.400 migrantes desapareceram ou morreram no Mediterrâneo em 2025.
c/agências