“Vamos poder contar com o governo para que os portugueses não paguem mais impostos quando forem abastecer os seus veículos? É importante que isso fique clarificado”, salientou.
O presidente do Chega, André Ventura, usa da palavra durante o debate temático proposto pelo Governo, sobre o Plano Nacional de Implementação do Pacto Europeu para as Migrações e Asilo, na Assembleia da República, em Lisboa, 16 de janeiro de 2025. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
O líder da bancada do Chega, André Ventura, questionou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre o aumento que está previsto para o ISP. “Tivemos sete anos em tirar com uma mão e pôr com outra. O primeiro-ministro disse que não ia aumentar impostos, mas os rendimentos com o ISP vão aumentar nas suas previsões”, afirmou o líder, “o consumo de gasolina e gasóleo vai aumentar ou os impostos é que vão?”.
“Vamos poder contar com o governo para que os portugueses não paguem mais impostos quando forem abastecer os seus veículos? É importante que isso fique clarificado”, salientou.
“Não vale a pena baixar o IRC se vai sacar ao longo do ano mais impostos sobre os combustíveis”, referiu. O líder lançou ainda o desafio ao primeiro- ministro de seguir o exemplo dos espanhóis e “dizer à Comissão Europeia para ir passear, como fizeram os espanhóis”.
O primeiro-ministro afirmou que “temos um OE que não aumenta um único imposto. Não vai haver mais impostos, quanto muito podemos ter de eliminar o desconto por razões europeias, mas não está no orçamento, o que está é o aumento do consumo replicado nos impostos dos combustíveis”.
Montenegro referiu ainda que “não é o presidente do governo espanhol, que é o meu exemplo de gestão do país e de politica pública”. O primeiro-ministro acusou o líder do Chega de ter saudades do tempo de Salazar. Comentário a que André Ventura respondeu, “se calhar se tivéssemos três Salazares tínhamos menos corrupção neste país”.
O primeiro-ministro fechou afirmando que “a ditadura ela própria é corruptiva da liberdade e não combate a corrupção, é ela própria a corrupção”.