O FC Porto arrancou a ferros, esta segunda-feira, em Moreira de Cónegos, no fecho da 9.ª jornada, um triunfo por 1-2 no regresso ao campeonato, com Deniz Gül a garantir os três pontos mesmo em cima dos 90 minutos, numa noite de vendaval do ataque portista, penalizado pela falta de eficácia.
Marcado pelo primeiro desaire da temporada, em Nottingham, o FC Porto regressou à Liga para defrontar a única equipa só com triunfos em casa, o que, em tese, acrescentava sempre uma camada de dificuldade à missão portista.
Um desafio que depois de 15 minutos em que a acção decorreu sobretudo a meio campo, com a iniciativa a pertencer quase em exclusivo ao FC Porto, face a um Moreirense mais empenhado em tapar os caminhos para a sua baliza, aumentou, num golpe de asa dos minhotos, os níveis de ansiedade do “dragão”.
Na sequência dos primeiros dois remates dos “cónegos”, o FC Porto sofreria um revés, num disparo de Alan que desviou em Bednarek e traiu Diogo Costa. O central polaco tinha aliviado de cabeça um primeiro cruzamento, com a bola a sobrar para Cedric Teguia. No primeiro remate, Bednarek voltou a devolver… mas para o pé direito de Alan, que assinou o primeiro golo.
Pela primeira vez na época, o FC Porto tinha de recuperar de uma desvantagem no campeonato para repor o estatuto de totalista na condição de visitante.
A equipa de Francesco Farioli, que demorou um pouco a estabilizar, até marcou por Gabri Veiga, aos 36 minutos. Mas o lance foi invalidado por posição irregular do médio espanhol.
O FC Porto acelerava, com Samu a romper, Borja Sainz a apertar o cerco e Pepê a tirar um cruzamento, levando André Ferreira a defender para canto um cabeceamento de Bednarek, em cima do intervalo. Na sequência, Yan Lincon agarrou ostensivamente Froholdt na área, colocando o Moreirense numa situação limite.
A falta ainda escapou à equipa de arbitragem, mas não passou no crivo do VAR. Samu não falhou e o FC Porto regressou às cabinas empatado e com meia parte para voltar aos triunfos – e para repor a vantagem de três pontos para o Sporting e de quatro para o Benfica na tabela.
No regresso, Francesco Farioli deixou Borja Sainz (com amarelo) nos balneários e lançou William Gomes, deslocando Pepê para o corredor esquerdo, por onde os portistas canalizaram quase todos os lances de perigo.
O FC Porto tinha urgência em chegar ao segundo golo, o que André Ferreira negou em duas ocasiões, em especial o remate de Samu (56′), com defesa instintiva. O Moreirense cerrava os dentes, resistindo a todo o custo, com o FC Porto instalado no ataque, investindo em mais um desequilibrador, destacando Rodrigo Mora para a complexa tarefa de encontrar uma brecha.
Esta dinâmica avassaladora esmagava a margem de uma possível reacção da equipa da casa, que ainda assim, numa transição de Benny quase surpreendia um adiantado Diogo Costa com um chapéu que rasou a barra da baliza portista.
Farioli aumentava o poder de fogo com Gül e Samu na área, enquanto Mora testava a resistência do poste, numa vaga que os locais quase esvaziavam numa investida de Travassos a tirar as medidas à baliza portista.
Por fim, o Moreirense libertava-se do jugo e ameaçava marcar. Mas seria o FC Porto, por Deniz Gül, a chegar ao triunfo, num canto de Mora que o jogador turco cabeceou para a baliza para garantir a vitória.