Um militar Guarda Nacional Republicana (GNR) – o cabo Pedro Silva, de 50 anos – morreu e três ficaram feridos, na segunda-feira à noite, após uma colisão entre uma embarcação da guarda e uma civil no rio Guadiana, disse à agência Lusa fonte da proteção civil.

Todas as vítimas são militares da GNR, de acordo com fonte do Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve. Além do militar que morreu, um sofreu uma fratura num braço e outros dois ficaram com escoriações.

“Ontem à noite, nosso sistema detectou uma embarcação de alta velocidade a navegar no Rio Guadiana, e imediatamente enviamos uma patrulha marítima para tentar localizar e abordar a embarcação, que acabou por colidir com a nossa”, explicou aos media o tenente-coronel Carlos Canatário.

Nesta altura, as autoridades portuguesas e espanholas protagonizam uma caça ao homem nas duas margens do Guadiana, em Alcoutim e do lado espanhol, para tentar encontrar os ocupantes da lancha que abalroou a embarcação da GNR e que presumivelmente estará relacionada com tráfico de droga, disse à Lusa fonte da Guarda.

“Dadas as características da embarcação de alta velocidade, presume-se que esteja ligada ao tráfico de droga”, adiantou a fonte da GNR.

Após o embate, a lancha de alta velocidade foi encontrada a arder a duas milhas (quase quatro quilómetros) do local onde ocorreu o acidente no rio Guadiana, ao largo de Alcoutim, no distrito de Faro, tendo os ocupantes fugido, segundo a fonte.

A embarcação de alta velocidade foi detetada no rio Guadiana, tendo sido enviada uma patrulha do Controlo Costeiro de Olhão para averiguar, e quando os agentes tentaram abordar a lancha foram abalroados.

Em comunicado, a GNR adianta que está ainda em curso, no rio Guadiana e nas suas margens, diligências para apurar as circunstâncias em que ocorreu o incidente e a fim de recolher prova material e localizar os suspeitos.

Estas diligências decorrem com o apoio da Polícia Marítima, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e da Guardia Civil, de Espanha.

A investigação está a cargo da Polícia Judiciária, segundo a GNR.

A GNR acionou o apoio psicológico da Guarda para acompanhamento dos militares envolvidos e respetivas famílias.