O episódio, anunciado nas redes sociais, marca uma intensificação das operações navais norte-americanas na região, que começaram em setembro.
Segundo Hegseth, as autoridades mexicanas de busca e salvamento assumiram a coordenação do resgate do único sobrevivente, sem que tenha sido esclarecido se este permanecerá sob custódia ou será entregue aos Estados Unidos.
Em operações anteriores, conduzidas no início de outubro, dois sobreviventes foram resgatados pelos militares norte-americanos e repatriados para a Colômbia e o Equador.
O secretário da Defesa divulgou imagens dos ataques, nas quais se observam embarcações a alta velocidade antes de explodirem, sendo que um dos barcos aparentava estar carregado com fardos de droga.
Num outro ataque, dois barcos parados lado a lado foram atingidos quase em simultâneo, depois de serem vistos dois tripulantes a movimentar-se no convés.
Hegseth afirmou que os quatro barcos estavam a ser vigiados, “transitando por rotas típicas de narcotráfico e transportando narcóticos.
Com estes ataques, o número de mortos em operações navais norte-americanas desde o início de setembro sobe para pelo menos 57 pessoas, em 13 ações conhecidas.
O secretário de Defesa norte-americano comparou as operações à guerra global contra o terrorismo iniciada após os atentados de 11 de setembro de 2001.
“Os cartéis mataram mais americanos do que a Al-Qaeda e serão tratados da mesma forma”, prometeu Hegseth.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, apoiou a ofensiva, afirmando que os Estados Unidos estão envolvidos num “conflito armado” com os cartéis de droga e classificando as organizações criminosas como “combatentes ilegais”, uma designação com base jurídica semelhante à usada na guerra contra o terrorismo.
No entanto, até ao momento, o Governo norte-americano não apresentou provas que confirmem as alegadas ligações das embarcações aos cartéis ou as identidades das pessoas mortas nos ataques.
Leia Também: EUA. ‘Shutdown’ causa atrasos nos aeroportos por falta de funcionários