Rúben Neves prepara-se para disputar a terceira temporada ao serviço dos sauditas do Al Hilal, mas tem um regresso em mente. O médio formado no FC Porto destacou-se muito jovem no clube e saiu cedo para o Wolverhampton, de Inglaterra. No futuro, quer voltar ao Estádio do Dragão.

«Sem dúvida, em todas as entrevistas que faço digo isso. Quero voltar para jogar e ser competitivo, é o meu grande objetivo. Tenho 28 anos e sinto-me bem. Esse é um objetivo de carreira, sem dúvida, porque nunca fui campeão. Com uma família de 60 pessoas portistas, é algo que lhes quero dar e vivenciar. Ia para os Aliados festejar títulos do FC Porto e quero estar do outro lado, a ver a minha família a festejar», disse, em entrevista à Sport TV.

Rúben Neves recordou ainda outro papel desempenhado no clube da Invicta – o de apanha-bolas. 

«Era apanha-bolas nos 5-0 ao Benfica. Como portista, é difícil esquecer esse jogo e esse ano. O FC Porto tinha uma equipa fantástica. Hulk, Falcao, James, Fernando… Era uma equipa abismal, a melhor equipa do FC Porto desde que me lembro. Fiquei do lado da baliza da claque e apanhei os dois golos do Hulk», lembra o médio.

O internacional luso trabalhou nas últimas duas temporadas com o treinador português Jorge Jesus. Apesar de jogar numa Liga periférica, Neves recebeu um elogio de Bernardo Silva (que não tem o melhor relacionamento com Jesus).

«Tenho um jogo que nunca vou esquecer, contra a Polónia com Portugal, em que ganhámos 3-1 na Liga das Nações. Terminámos o jogo e um grande amigo meu, o Bernardo Silva, chega à minha beira e diz-me: ‘Noto uma grande diferença em ti desde que trabalhas com Jorge Jesus’», afirmou.

«Eu também senti isso. Não sei se foi por esse rigor ou pela preocupação defensiva também, porque para ele a posição seis é a posição mais importante defensivamente. O mister Jorge Jesus com a posição seis é exigente ao máximo nível. Nos primeiros dois meses custou-me um bocadinho», admitiu ainda Neves.

O médio-defensivo projetou ainda o Mundial 2026, não escondendo o desejo de jogar nesse certame.

«O Mundial 2022 foi a competição mais difícil que joguei. Já tínhamos muita vontade de representar Portugal, mas agora vamos ter uma força ainda maior. A força que ele [Diogo Jota] nos dava dentro de campo… cada um herdou um bocadinho daquilo que era o Diogo dentro de campo», recordou o amigo.