Alexander Kazakov / Kremlin / EPA

Vladimir Putin, presidente da Rússia
No mesmo dia, ministros dos dois países deixaram avisos sérios. Por causa de aeronaves e de um eventual ataque a Bruxelas.
A Rússia que não se atreva a passar pelo espaço aéreo da Estónia ou a atacar a capital da Bélgica. No mesmo dia, ministros dos dois países deixaram avisos sérios ao Kremlin. Por causa de aeronaves e de um eventual ataque a Bruxelas.
As autoridades estónias avisaram nesta segunda-feira que vão abater qualquer drone russo que atravesse o espaço aéreo do país, situação ocorrida há algumas semanas e que coincidiu com várias queixas de aliados da NATO.
“Vamos intercetar e abater”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, numa conferência de imprensa.
Tsahkna realçou que a NATO tem, há duas décadas, um protocolo para responder a este tipo de situações e “defender o seu território desde o primeiro segundo, desde o primeiro ataque”.
Referindo-se ao ataque aéreo de 12 minutos registado há um mês e que Moscovo negou, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia afirmou que os aviões da NATO estavam “prontos a agir” caso se notasse uma “ameaça imediata” à soberania do país báltico.
“Esta não foi a primeira vez que a Rússia testou as nossas capacidades”, observou Tsahkna, lembrando incidentes semelhantes nos vizinhos bálticos, bem como na Roménia e na Polónia, onde aproximadamente 10 drones russos sobrevoaram os espaços aéreos. Tsahkna sublinhou que, graças a este tipo de incidentes, os parceiros da NATO estão a aumentar a coordenação e a reforçar as capacidades.
“Eliminar Moscovo do mapa”
O ministro da Defesa da Bélgica deixou um aviso ainda mais sério à Rússia: “Putin sabe: se usarem armas nucleares, vamos eliminar Moscovo do mapa”.
Theo Francken reforçou: “Se Vladimir Putin lançar um míssil contra Bruxelas, eliminaremos Moscovo do mapa“, disse Francken ao jornal De Morgen, igualmente nesta segunda-feira.
O ministro belga alertou para não se subestimar as capacidades militares da Rússia: “Os russos aumentaram as suas capacidades militares. A sua economia de guerra produz quatro vezes mais munições do que toda a NATO. A Europa nem sequer tem um comando central”.
A Rússia tem sido acusada por vários países da NATO de repetidas violações dos respetivos espaços aéreos desde o início da invasão da Ucrânia pelas forças de Moscovo, em fevereiro de 2022, mas no mês passado várias incursões levaram a NATO a preparar-se para uma eventual escalada do conflito.