A Ilha do Lagarto oferece vistas panorâmicas, recifes de coral e alojamentos de luxo na costa norte de Queensland
Uma passageira de um cruzeiro, com cerca de 80 anos de idade, que tinha embarcado numa viagem de luxo de 60 dias pela Austrália, foi encontrada morta depois de ter sido deixada para trás numa ilha tropical.
A passageira, cujo nome não foi divulgado, foi dada com desaparecida às autoridades na noite do passado sábado, após uma verificação de quem estava a bordo no navio de cruzeiro Coral Adventurer, onde se percebeu que faltava a idosa.
A embarcação tinha atracado na manhã de sábado da Ilha do Lagarto, uma ilha turística a cerca de 30 quilómetros da costa de Queensland, conhecida pela sua beleza natural e pelos alojamentos de luxo.
A Polícia de Queensland confirmou que o corpo da mulher foi encontrado na Ilha do Lagarto no passado domingo, descrevendo a morte como “súbita e sem suspeitas”.
Contudo, não é claro quando é que esta idosa morreu, nem porque não houve ninguém a aperceber-se que ela não estava a bordo do cruzeiro quando este partiu da Ilha do Lagarto.
A Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, na sigla original) afirmou que investigação que tem em curso irá considerar “as circunstâncias que levaram ao facto de a passageira não ter sido contabilizada durante o embarque”.
Os registos mostram que o Coral Adventurer, com capacidade para 120 passageiros e 46 tripulantes, tinha partido do porto de Cairns apenas um dia antes, a 24 de outubro.
A Ilha do Lagarto foi uma das primeiras paragens deste cruzeiro, que custa 80 mil dólares australianos (cerca de 45 mil euros), levando passageiros à volta do país. Passava pela ponta norte do Cabo York, em direção à costa ocidental da Austrália.
A empresa de cruzeiros Coral Expeditions anuncia a Ilha do Lagarto como um local onde os passageiros podem nadar, mergulhar, fazer snorkel ou uma caminhada até ao “Miradouro de Cook” para apreciar vistas panorâmicas.
Não ficou ainda claro se a idosa participou em alguma das atividades anunciadas enquanto estava na ilha.
A empresa opera há mais de 40 anos e oferece cruzeiros na Austrália, bem como em outros destinos. O presidente executivo da Coral Expeditions, Mark Fifield, afirmou, em comunicado, busca “por terra e por mar” foi iniciada mal a tripulação descobriu que a mulher estava desaparecida.
A AMSA já informou ter iniciado buscas conjuntas com a Polícia de Queensland, após o capitão do navio ter relatado o desaparecimento da mulher às autoridades às 21:00 de sábado.
A polícia de Queensland concretizou que a mulher foi dada como desaparecida “depois de não ter entrado a bordo de uma embarcação nas águas de Queensland no início da manhã de sábado”.
A AMSA revelou que a tripulação vai ser interrogada quando o navio atracar em Darwin. A programação do porto indica que a chegada está prevista para 2 de novembro.
Fifield, da Coral Expeditions, insistiu que a empresa está “profundamente consternada com o sucedido”.