Há cerca de 38 anos que José Tomé, natural de Penafiel, dava aulas em Vila Real, onde fez parte da direção do Agrupamento Morgado de Mateus durante vários anos, tendo assumido várias funções, entre as quais a de adjunto da direção – cargo que deixou em julho passado, a vésperas de se reformar. “Estava agora a planear a sua aposentação de uma forma feliz. É uma perda irreparável, era uma pessoa muito positiva, muito bem disposta e sempre com muitos projetos”, recorda Sónia Xavier, subdiretora do agrupamento.

O professor, que esteve presente na fundação da escola Morgado de Mateus, foi recentemente homenageado pela comunidade escolar, que o recorda como uma pessoa com bom sentido de humor, sempre disponível para todos e muito trabalhador. Nas redes sociais, o agrupamento deixou uma nota de pesar pela morte de José Tomé: “Durante a sua trajetória, o Tomé – como todos lhe chamavam – contribuiu de forma inestimável para o fortalecimento da nossa comunidade escolar, deixando um legado de profissionalismo e respeito por todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele.”

Ligado ao ciclismo

José Tomé morreu na terça-feira, na sequência de uma colisão entre a bicicleta onde seguia e um automóvel, em Parada Aguiar, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real. Há vários anos que o professor estava ligado ao ciclismo, pertencendo a várias associações e tendo chegado a organizar viagens de bicicleta com os alunos da Morgado de Mateus.

Também nas redes sociais, o grupo de ciclismo “Bila Bikers” relembra o professor. “Hoje, mais que perder um associado, perdemos um amigo de pedaladas, alguém que nos incentivou a tentar fazer sempre melhor porque fazer bem não era suficiente. Partiu a praticar a modalidade que tanto gostava”, pode ler-se na nota.

São várias as manifestações de carinho demonstradas nas redes sociais, pela comunidade escolar, amigos e família. José Tomé deixa a esposa e dois filhos.