Durante a audiência final sobre a validade dos contratos de exclusividade entre ADOR, empresa subsidiária da HYBE, e NewJeans, a corte mencionou algumas controvérsias que acabaram vinculadas ao caso, como o incidente entre Hanni e as integrantes do ILLIT, que na audiência acabou levando a ex-CEO Min Hee Jin ao centro da situação.
Entendendo o incidente
Acontece que, em meados do ano passado, Hanni alegou que o gerente de outro grupo subsidiado pelo conglomerado HYBE instruiu os membros a evitarem cumprimentá-la. Na ocasião, o nome do grupo não foi revelado, no entanto, mais tarde, surgiu a confirmação de que a formação mencionada seria o ILLIT, da BELIFT LAB.
Assim, na audiência realizada na 41ª Vara Cível do Tribunal Distrital Central de Seul durante a última quarta-feira, 29, foi exposto que Hanni não sabia dizer com certeza quais foram as palavras usadas pelo gerente do ILLIT, mas que após uma conversa com a ex-CEO da ADOR, Min Hee Jin, surgiu a narrativa de que ele teria pedido para as integrantes “ignorarem-la”, sugerindo que a empresária teria manipulado a situação para engrandecer o caso.
“Hanni testemunhou que ouviu algo como ‘finja que não os conhece e passe direto’, mas não se lembrava das palavras exatas. Min Hee Jin então enviou uma mensagem perguntando: ‘[Disseram] ignore-a? É isso que você quer dizer?’, indicando que a frase ‘ignore ‘ partiu da própria Min Hee Jin”, diz trecho do discurso no tribunal repercutido pelo portal Koreaboo.
O tribunal ainda destacou que as imagens de CCTV (sistema de vigilância) apresentadas anteriormente como evidência — as quais não continham áudio e mostravam três membros do ILLIT se curvando em cumprimento a Hanni — não comprovam o argumento de assédio no trabalho, chegando a conclusão de que não há provas que corroboram com a alegação de Min Hee Jin e Hanni.
“Com base apenas nas provas apresentadas, é difícil concluir que Hanni ouviu comentários de um gerente da ILLIT — como ‘ignore-a’ — que configurassem uma violação de seus direitos de personalidade”.
Vale lembrar que, na audiência, também foi declarado que os contratos entre ADOR e NewJeans são válidos, mas a decisão foi novamente contestada pelo grupo. O caso segue em andamento.
Izabela Queiroz, jornalista por paixão e cinéfila de carteirinha. Formada pela UNINOVE, encontrou na escrita o lugar ideal para unir tudo o que mais gosta: filmes, séries e música. Nos textos, há quase sempre referências a algo relacionado à cultura pop que a marcou. Fora deles, a encontrará assistindo histórias com reviravoltas chocantes, romances cativantes e dramas que a fazem chorar.