Uma grávida de 38 semanas morreu na madrugada desta sexta-feira no hospital Amadora-Sintra. A mulher, de 36 anos e de nacionalidade guineense, tinha ido a uma consulta naquela unidade hospitalar na tarde de quarta-feira, na qual foi detetado um episódio de hipertensão. Ainda assim, foi enviada para casa. A morte da grávida foi avançada pela CNN Portugal e confirmada pelo Observador junto de fonte hospitalar.
Esta sexta-feira de madrugada, a grávida, de 36 anos, deu entrada no hospital em paragem cardiorrespiratória. O óbito acabou por ser declarado no hospital. O bebé nasceu mas encontra-se em estado crítico nos cuidados intensivos neonatais do Hospital Amadora-Sintra.
Entretanto, em comunicado, a Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra anunciou a abertura de um inquérito interno ao caso “para apurar todas as circunstâncias associadas ao ocorrido”. A unidade hospitalar informa que “no dia 31 de outubro de 2025, cerca das 01h50, deu entrada no Serviço de Urgência de Obstetrícia desta ULS uma utente grávida de 38 semanas, natural da Guiné-Bissau, transportada por uma equipa do INEM, em situação de paragem cardiorrespiratória”.
Após ter dado entrada, o hospital indica que “foi realizada de imediato uma cesariana de emergência, tendo o bebé nascido às 01h56, encontra-se neste momento sob vigilância médica, com prognóstico muito reservado”.
Quando a grávida foi ao hospital para uma consulta de seguimento de Obstetrícia, na quarta-feira, e depois de ter sido detetado o episódio de hipertensão ligeira, ficou agendada nova consulta às 39 semanas, de preparação para o parto. Sobre esta questão, o hospital Amadora-Sintra esclarece que “de acordo com o protocolo clínico, a utente foi então referenciada internamente para a Urgência de Obstetrícia, onde, após a realização de vários exames complementares de diagnóstico, teve alta com indicação para internamento às 39 semanas de gestação”. O hospital garante, na quarta-feira, a utente “dirigiu-se assintomática” a uma consulta de rotina, “durante a qual foi identificada com hipertensão ligeira“.
Segundo o Observador apurou, a mulher guineense tinha-se deslocado para Portugal em setembro com o propósito de dar à luz no Hospital Amadora-Sintra. O primeiro contacto que teve com o hospital aconteceu ainda no final de setembro, quando foi vista pela primeira vez na consulta de Obstetrícia.
A ULS Amadora/Sintra “lamenta profundamente o falecimento da utente e endereça sentidas condolências à família”.
A morte da mulher grávida deu-se horas antes da audição da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no Parlamento. Esta sexta-feira, será ouvida pelos deputados no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026.