O último ano ficou marcado por momentos delicados para Pepê, sobretudo fora do relvado. A revelação partiu do próprio em entrevista à Sport tv, divulgada na noite deste sábado, sem esquecer a conturbada saída de Vítor Bruno.

«Os jogos não corriam como queria e acabei por me desconcentrar. Os adeptos sentiam que estava cabisbaixo. Sei que cometi muitos erros e sei o que preciso de melhorar, não me posso deixar abalar.»

«A saída de Vítor Bruno foi um momento muito complicado, a minha cabeça acabou por me prejudicar. Hoje, jamais teria aquela atitude. Trabalhei quatro épocas com Vítor Bruno, é alguém que sempre me procurou ajudar, tenho um carinho enorme por ele. Infelizmente, sabemos que situações destas acontecem no futebol, quando os resultados não surgem… Mas arrependo-me. Não chegámos a falar depois desse episódio.»

«Janeiro foi um mês muito complicado, porque poderíamos alcançar a liderança e falhámos. Todos queríamos muito ganhar, mas não conseguimos», relatou.

Entre a saída de Vítor Bruno e a chegada de Martín Anselmi, Pepê assumiu o mau momento que vivia: «Tive o apoio de todo o plantel, entendi que agi de forma errada».

Contratado em 2021 ao Grémio por 12 milhões de euros, o brasileiro foi acolhido num plantel às ordens de Sérgio Conceição, com quem alcançou a melhor versão, ora a extremo, ora a defesa direito.

«Ao jogar a lateral aprendi a compreender melhor o jogo, ajudou-me muito em termos de posicionamento e marcação. Sérgio Conceição dizia no balneário que, se eu quisesse, podia ser um dos melhores laterais do Mundo.»

«Gosto mais de jogar na frente. Pelo drible, pelas jogadas individuais. Atrás é mais arriscado fazer isso», terminou.

Depois de conseguir seis golos e quatro assistências em 45 jogos na última época – o registo menos conseguido na Invicta – o ala ambiciona regressar à melhor versão. Desde 2021, acumulou 192 jogos, 25 golos e 23 assistências, conquistando Liga, Supertaça, Taça da Liga e Taça de Portugal (três).