O Sporting voltou, esta sexta-feira, a bater o Alverca, agora por “modesto” 2-0, ainda que já com o núcleo duro em campo, para, assim, garantir a colagem provisória ao topo, em igualdade pontual (25) com o FC Porto, em jogo de abertura da 10.ª jornada da Liga.

Ioannidis saltou do banco para desbloquear o encontro aos 68 minutos, com Pedro Gonçalves (74′) a fechar as contas e a garantir importante triunfo antes de novo compromisso para a Champions.

A repetição do jogo da Taça da Liga não trouxe variações tácticas, apesar das 17 alterações nos “onzes” de Sporting e Alverca: 11 nos “leões” — sem sombra de Alcochete — e seis nos ribatejanos.

Basicamente mudaram os equipamentos e os nomes, mas manteve-se a abordagem e a ideia de jogo dos dois treinadores. Custódio Castro ainda tentou um ataque-surpresa que podia ter rendido dividendos nos primeiros segundos de jogo se a incursão não tivesse morrido nas mãos de Rui Silva.

A partir daí, os bicampeões nacionais apoderaram-se do jogo, formatando o adversário, que foi aguentando o 5x4x1 como pôde na expectativa de poder disparar uma transição com as três unidades com maior liberdade para arriscar.

Só que ao contrário do que aconteceu na terça-feira, o Sporting, apesar de ter recuperado os pesos pesados, repetindo a equipa apresentada em Tondela, não conseguiu furar o bloqueio, apesar da resposta imediata num remate enrolado de Luis Suárez (2’), a finalizar lance de Pedro Gonçalves… que merecia outro desfecho.

Francisco Trincão mostrou-se quase de imediato, na sequência de uma oportuna iniciativa de João Simões, pela esquerda.

Mas o recuo estratégico do Alverca, depois do 5-1 da Taça da Liga, apesar de potenciar o “massacre”, garantiu uma certa coesão, o que, em termos práticos, resumiu, até aos últimos dez minutos da primeira parte, o real perigo a um remate de Geny Catamo ao poste (18’).

Nessa altura, já Rui Borges tinha perdido uma unidade, com Fresneda a contrair uma entorse e a ter que ser substituído por Vagiannidis. Azar que poderá ter impacto já na deslocação a Turim, para o confronto de terça-feira com a Juventus, da quarta ronda da Liga dos Campeões.

Até ao intervalo, Luis Suárez ainda dispôs de duas ocasiões para desfazer o nó. Mas o colombiano que tentava marcar pelo sexto jogo consecutivo na Liga não estava particularmente inspirado, acabando por ser João Simões a ficar perto de inaugurar o marcador em dois momentos distintos.

O Alverca resistia e o Sporting, apesar dos 15 remates (só enquadrou quatro), continuava sem soluções para quebrar o adversário.

Com o segundo tempo chegou a chuva intensa, a despertar a sede “leonina”, com Gonçalo Inácio a aparecer em dois lances de área: primeiro a cabecear por cima e depois a assistir Suárez para o golo que o VAR anulou.

Ioannidis repete a dose

Os níveis de ansiedade disparavam e Rui Borges respondia com Quenda e Ioannidis, numa altura em que o Alverca já tinha feito uma visita de médico à área de Rui Silva.

O Sporting passava a ter dois homens de área em campo, mas o Alverca respondia com a entrada de Sandro Lima, autor do golo de honra dos ribatejanos na Taça da Liga.

Ameaça anotada pelos “leões” que na hora de soar o alarme desbloqueou o encontro na sequência de um canto de Pedro Gonçalves em que Ioannidis se impôs de cabeça a Meupiyou.

O avançado grego tinha fechado as contas com o quinto golo na Taça da Liga apareceu para abrir o activo (68′) e o caminho do triunfo, que Pedro Gonçalves percorreu à velocidade da luz num fantástico golo (74′) que o colocou a par de Suárez como melhor marcador da equipa com sete golos no campeonato.

Rendido, o colombiano recolhia às cabinas na companhia de Pedro Gonçalves, interrompendo a série de cinco jogos consecutivos a marcar, numa altura em que o Sporting tinha o jogo controlado, aproveitando para colar-se ao líder FC Porto no topo da Liga.