O agente secreto” finalmente vai chegar aos cinemas brasileiros. Escolhido para representar o Brasil no Oscar, o filme de Kleber Mendonça Filho protagonizado por Wagner Moura estreia nesta quinta-feira (6) e já acumula no currículo mais de 20 prêmios pelo mundo afora. Só no Festival de Cannes, onde foi exibido pela primeira vez, foram quatro: melhor ator, melhor direção, o prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) e o prêmio da Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio (AFCAE). De maio para cá, a crítica internacional não poupou elogios ao longa do diretor pernambucano. Prepare e pipoca e relembre:

Fazendo história: Wagner Moura é o terceiro ator brasileiro premiado na competição principal em Cannes O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP

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O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP

O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP

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O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP

O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP

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O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP

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O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho recebe o prêmio de Melhor Ator em nome do ator Wagner Moura durante a cerimônia de encerramento da 78ª edição do Festival de Cannes, em Cannes, sul da França. — Foto: Foto: Valery HACHE / AFP

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O ator brasileiro superou o veterano Stellan Skarsgard, apontado como um dos favoritos na categoria pelo trabalho em “Sentimental value.

O britânico “The Guardian”, que deu a cotação máxima de cinco estrelas para o longa, o classificou como “um drama brasileiro brilhante sobre um acadêmico em fuga na década de 1970, marcada por assassinatos”. “O estudo de Kleber Mendonça Filho sobre um homem que tenta escapar da corrupção política é uma análise extraordinária e quase novelesca da corrupção em todos os níveis”, destaca o jornal, que considera o filme “mais ambicioso, complexo e enigmático” que “Ainda estou aqui“, de Walter Salles (que levou o Oscar de melhor filme internacional este ano).

Para a “Variety”, o filme é um “fantástico thriller” e um “deslumbrante drama de época”. A revista destaca o trabalho de Mendonça Filho, que faz uma “robusta imersão sensorial e mnemônica nas imagens, sons e clima sufocante — tanto político quanto meteorológico” no Recife de 1977.

O site americano “Collider” é enfático: “Este thriller histórico cativante e intenso é um dos melhores filmes do ano“. Para o site, o longa “representa um impressionante avanço na carreira de Mendonça Filho como diretor”, que se dedica a “desvendar a história de uma forma que a torna estranha, divertida e impactante”.

O “The Hollywood Reporter” destaca o trabalho de Wagner Moura, que nos últimos anos se dedicou ao trabalho em Hollywood (como no filme “Guerra civil” e nas séries “Iluminadas” e “Ladrão de drogas”). “Marcelo é interpretado com olhar profundo e um manto de melancolia e mágoa por Wagner Moura, em um retorno estelar ao cinema brasileiro após vários anos de ausência. Ele sempre foi um bom ator, mas Mendonça Filho o transforma em uma estrela de cinema”, diz a revista.

Para a “BBC”, que relembra o teor sensível de “Ainda estou aqui”, “o thriller político estiloso e vibrante de Kleber Mendonça Filho compensa a falta de sutileza com uma ação eletrizante”. Mais a frente, a crítica (que dá quatro de cinco estrelas para o filme) diz: “Filho e seu elenco têm um talento especial para criar personagens que são ou comoventemente honrados ou grotescamente maus. O chefe de polícia se encaixa na última categoria. Quando lê uma manchete de jornal informando que 91 pessoas morreram durante o carnaval, ele aposta alegremente que o total logo chegará a três dígitos”.