“O primeiro-ministro expressou profunda consternação com as gravações divulgadas pela organização terrorista Hamas e disse às famílias que os esforços para trazer de volta todos os nossos reféns continuam e continuarão (…) sem descanso”, lê-se num comunicado do gabinete de Netanyahu.


A publicação desde quinta-feira pelo Hamas e pela aliada Jihad Islâmica de três vídeos a mostrar dois reféns, durante o ataque de 7 de outibro de 2023, causou grande comoção em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de chegar o mais rápido possível a um acordo para os libertar.


As imagens de Rom Braslavski e Evyatar David, há quase 22 meses em cativeiro, provocaram fortes reações entre os israelitas. Nas gravações, Braslavski de 21 anos, com dupla nacionalidade alemã-israelita, e David de 24 anos, parecem fracos e desnutridos, numa encenação que visa estabelecer um paralelo com a atual situação humanitária em Gaza, ameaçada de “fome generalizada”, de acordo com a ONU.


Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se no sábado à noite em Telavive em apoio às famílias e para exigir a libertação dos reféns.


Ainda segundo a nota, Netanyahu “teve uma longa conversa” com as “famílias dos reféns Rom Breslevski e Evyatar David”, ambos exibidos nos últimos vídeos.


“A crueldade do Hamas não tem limites“, comentou ainda Netanyahu, ainda de acordo com o gabinete do primeiro-ministro.


“Enquanto o Estado de Israel permite a entrada de ajuda humanitária para os habitantes de Gaza, os militantes do Hamas estão deliberadamente a matar os nossos reféns à fome e a filmá-los de forma cínica e odiosa”, afirmou.


Os militantes do Hamas “também estão deliberadamente a matar de fome os habitantes da Faixa de Gaza, impedindo-os de receber ajuda, e a ecoar uma campanha de propaganda enganosa contra Israel”, continuou, apelando aos “países do mundo para que se mobilizem para condenar claramente os abusos criminosos nazis da organização terrorista Hamas”.


Também a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros exigiu, este domingo, a libertação imediata dos reféns israelitas exibidos em vídeos publicados pelos grupos islamitas Hamas e Jihad Islâmica, considerando as imagens “aterradoras”.

“As imagens dos reféns israelitas são aterradoras e demonstram a barbárie do Hamas. Todos os reféns devem ser libertados imediata e incondicionalmente”, escreveu Kaja Kallas nas redes sociais.


“O Hamas tem de depor as armas e pôr fim ao seu domínio sobre Gaza”, declarou Kaja Kallas. “Ao mesmo tempo, a ajuda humanitária em grande escala tem de ser autorizada e tem de chegar aos necessitados”.


 


C/agências