O número de mortos nos ataques russos na noite de quarta para quinta-feira em Kiev subiu para 31, incluindo cinco crianças, anunciou, nesta sexta-feira, o Ministério do Interior ucraniano.

O anterior balanço das autoridades dava conta de 16 vítimas mortais, incluindo duas crianças. “Durante a noite e a manhã, as equipas de resgate retiraram dez corpos dos escombros do edifício residencial no distrito de Sviatochynski, incluindo o de uma criança de dois anos”, indicou o ministério na plataforma de mensagens Telegram.

Os bombardeamentos causaram ainda 159 feridos, incluindo 16 crianças, acrescentou.

Entretanto, a Ucrânia foi novamente alvo de ataques na madruga desta sexta-feira. Um homem de 63 anos morreu devido a um bombardeamento que atingiu uma habitação na localidade de Vesselianka, na região de Zaporijjia (Leste), anunciou o chefe da administração militar regional, Ivan Fedorov, no Telegram.

Kiev cumpre, esta sexta, um dia de luto após os bombardeamentos na madrugada de quinta-feira, que estão entre os mais mortíferos na capital desde o lançamento da ofensiva em grande escala da Rússia, em Fevereiro de 2022.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou um “novo espectáculo mortífero” infligido por Moscovo e apelou para uma “mudança de regime” na Rússia.

O homólogo dos EUA, Donald Trump, descreveu esta última onda de ataques russos como “repugnante”, confirmando que iria impor sanções contra a Rússia. “Não sei se isso terá impacto, mas vamos fazê-lo”, afirmou o dirigente.

Donald Trump deu dez dias, a partir de terça-feira passada, ao Presidente russo, Vladimir Putin, para parar este conflito armado — o pior na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, sem especificar, no entanto, o que Washington pretende fazer, caso Moscovo ignore o ultimato.