O deputado Filipe Melo (Chega) está envolto em mais um caso judicial. É visado numa ação cível por dívidas colocada por Joaquim Pinto do Vale, militante do Chega que tomou posse em 2022 como presidente da concelhia de Barcelos do partido de André Ventura.
Ao que o Observador apurou, estão em causa três empréstimos pessoais num total de 6.500 euros, concedidos por Pinto Vale ao deputado na Assembleia da República entre abril de 2023 e junho de 2024. Filipe Melo é igualmente presidente da distrital do Chega em Braga.
No texto da ação, a que o Observador teve acesso, Pinto Vale alega que Filipe Melo lhe pediu dinheiro emprestado por ter “dificuldades económicas”, sendo certo que 2.000 euros foram emprestados em ‘dinheiro vivo’ e o total em dívida só não é de 9.000 euros porque o também deputado municipal de Barcelos recusou emprestar mais 2.500 euros em outubro de 2024.
Contactado pelo Observador, o advogado Firmino Lopes da Silva confirmou a apresentação da queixa cível e disse que a mesma continua a correr os seus termos. Está a decorrer o prazo para a defesa de Filipe Melo contestar a ação declarativa comum interposta.
O Observador tentou igualmente contactar Filipe Melo por telefone e por mensagem escrita, mas ainda não recebeu qualquer resposta até ao momento.
O primeiro empréstimo foi formalizado a 11 de abril de 2023, no valor de 2.000 euros, por “solicitação e pedido prévio de Filipe Melo”. Quatro meses depois, a 25 de agosto desse mesmo ano, foram transferidos mais 2.500 euros. Finalmente, a 28 de junho de 2024, Filipe Melo — que não teria ainda saldado os valores dos anteriores dos empréstimos — terá sido financiado em mais 2.000 euros. O total? 6.500 euros em dívidas a receber do deputado com assento na Assembleia da República.
Um desses empréstimos, no valor de 2.000 euros, foi concretizado através de um depósito em numerário na conta bancária de Filipe Melo. “Sob solicitação e a pedido prévio do Réu [Filipe Melo], o Autor [Pinto Vale], em 28 de junho de 2024, pediu a Júlia Leal que fizesse um depósito em numerário na conta daquele (…) no valor de 2.000 euros”.