Adriane Galisteu lembra namoro com Ayrton Senna em documentário da HBO Max; veja trailer
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‘Meu Ayrton por Adriane Galisteu’ traz versão da apresentadora após polêmica com série da Netflix. Crédito: HBO Max
Adriane Galisteu e Ayrton Senna foram namorados por pouco mais de um ano entre 1993 e 1994. Por conta das séries Senna (2024) e Xuxa, O Documentário (2023), a relação voltou à tona recentemente, e motivou a apresentadora a dar sua versão dos fatos na série Meu Ayrton por Adriane Galisteu, que estreia na HBO Max nesta quinta-feira, 6.
Os holofotes também impulsionaram o valor de seu livro, Caminho das Borboletas – Meus 405 dias ao lado de Ayrton Senna, publicado pela Editora Caras, em plataformas de marketplace. No Mercado Livre, há quem tente vender um exemplar a R$ 950. Na plataforma Estante Virtual, por exemplo, os valores variam de R$ 90 a R$ 300. Na Amazon, a partir de R$ 350.
Adriane Galisteu e Ayrton Senna foram namorados entre 1993 e a morte do piloto, em 1994 Foto: Reprodução/Instagram/@galisteuoficial
É válido ressaltar que o fato de existirem ofertas a preços altos não significa necessariamente que haja vendas a esses preços. Mas é um fato interessante, levando-se em conta que há alguns anos, antes da pandemia, era possível encontrar exemplares da obra em sebos no centro de São Paulo por valores que iam de R$ 5 a R$ 15, dependendo do estado.
Capa do livro ‘Caminho das Borboletas – Meus 405 dias ao lado de Ayrton Senna’, de Adriane Galisteu Foto: Reprodução de capa/Divulgaç
Como Adriane Galisteu soube da morte de Ayrton Senna?
Um dos destaques do livro surgia logo em sua introdução: o dia 1.º de maio de 1994, quando Ayrton Senna morreu. Adriane Galisteu deu a versão completa e detalhada sobre como tomou conhecimento do fato. No dia, estava na casa em que vivia com o automobilista em Algarve, Portugal. Além dela, estava por lá somente a caseira, Juraci.
Ficou apreensiva quando viu, pela TV, o acidente. “Depositaram o corpo dele, inerte, sobre a pista de Ímola – e eu continuava ignorando a hipótese do pior. Uma mancha vermelha no chão, da cor do sangue, me apavorou. Mas uma alma piedosa me enganou: ‘Não é nada, não. É uma espuma nova que estão usando, contra incêndio’. Acreditei. Mas um telefonema me chamava à razão.”
Quem ligava era Luiza, sua amiga e então mulher do banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga, que vivia em Sintra, Portugal. “Braga [seu marido, que estava na Itália para a corrida] ligou de Ímola. É grave. É gravíssimo. Você tem de ir pra lá. imediatamente”, avisava.
Alugaram um jatinho que iria de Lisboa para Faro, e em seguida para Bolonha, na Itália. Galisteu relata que recebia “notícias desencontradas”, e chegou a conversar com a mãe, que estava no Brasil, por telefone. “Dri, cai na real. Só um milagre”, teria dito. Também teria ligado para a sogra. A confirmação só viria após o voo, com o piloto dizendo que havia uma ligação para que uma delas atendesse.
Adriane Galisteu durante o velório de Ayrton Senna na Alesp em 4 de maio de 1994; modelo, que escreveu livro sobre relação com o piloto à época, agora é foco de documentário Foto: Mônica Zarattini/Estadão
“Quando a porta do jatinho se abriu e Luiza e eu descemos, senti que toda e qualquer palavra tinha perdido a razão de ser. Os funcionários do aeroporto, os carregadores de bagagem, os turistas, os amigos que tinham me dado carona, os visitantes de cara fechada – eu diria até as pedras, os bichos vadios, as primeiras estrelas do céu, o clarão da lua nascente, as fachadas das casas, os estalos da noite, tudo, rigorosamente tudo, e todos, rigorosamente todos, me davam, em seu silêncio aterrador, a notícia definitiva. Eu tremia dos pés à cabeça”, escreveu Adriane.
“Luiza, só não me fala que ele morreu”, disse. “Ele morreu”, respondeu a amiga. Galisteu ainda afirma que uma televisão ligada por perto e sintonizada na emissora Sic tocava o Tema da Vitória, que marcou a carreira de Ayrton Senna.