Resultados mais recentes do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025 indicam que Belo Horizonte está com risco baixo para incidência do Aedes aegypti na cidade. Ou seja, apenas 0,6% dos 53 mil imóveis visitados pela Prefeitura de Belo Horizonte apresentaram presença de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e Chikungunya. O resultado classifica a capital como área de baixo risco.
As regionais Noroeste e Norte são as com menor incidência, conforme o estudo, com 0,3%. Na sequência, com 0,4%, as regionais Barreiro, Centro-Sul (incluindo a Hipercentro) e Oeste: 0,4%. Com 0,8%, estão as regiões Nordeste, Pampulha e Leste, e Venda Nova, com 1,0% , é a única região com indicador médio.
O estudo, que é feito anualmente pela PBH, visa identificar as áreas com maior concentração de focos e os tipos de criadouros mais comuns. Os padrões estipulados pelo Ministério da Saúde indicam que índices iguais ou superiores a 4,0% indicam risco alto; entre 1,0% e 3,9%, risco médio; e inferiores a 1,0%, risco baixo.
Ainda segundo a PBH, o estudo mostrou também que 88,8% dos focos do mosquito estão em ambientes domésticos, sendo a maioria localizada em pratinhos de plantas (40,8%), ralos e canaletas (9,9%), inservíveis e recipientes domésticos (7,7%) e caixas d’água (7,4%).
De acordo com a subsecretária de Promoção e Vigilância em Saúde, Thaysa Drummond, a conscientização das pessoas é a maneira mais eficaz de combater o mosquito.
“Mais do que a atuação dos agentes de Combate a Endemias, precisamos da conscientização e colaboração da população na tarefa diária de eliminar possíveis criadouros. Uma vistoria rápida, de cerca de dez minutos por semana, já faz diferença na prevenção”, completa a subsecretária.
Prevenção e combate de arboviroses
Durante todo o ano, segundo a PBH, agentes realizam ações de vigilância e combate às doenças transmitidas pelo mosquito. Em 2025, foram realizadas cerca de 3,7 milhões de visitas na capital. Os moradores são orientados sobre os riscos do acúmulo de água – que pode se tornar criadouro –, como eliminar focos e, quando necessário, os agentes aplicam biolarvicidas.
A PBH também realiza ações com inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) para o combate aos mosquitos adultos, alcançando cerca de 21 mil imóveis em 2025. O município utiliza ainda drones para captar imagens e identificar possíveis focos, além de aplicar larvicida em locais de difícil acesso dos profissionais que atuam na prevenção. Neste ano, foram 54 sobrevoos, com a identificação de quase 7 mil potenciais criadouros.
Belo Horizonte conta ainda com mais de 1,7 mil ovitrampas, que são armadilhas que simulam o ambiente ideal para a reprodução do Aedes aegypti e contêm substâncias que atraem as fêmeas. Instaladas em pontos estratégicos das regionais, elas permitem o monitoramento da circulação do mosquito. Somente em 2025, foram realizadas mais de 59 mil visitas para acompanhamento.
Outra ação em andamento é a soltura de Aedes aegypti com Wolbachia. Os mosquitos que carregam esse microrganismo têm capacidade reduzida de transmitir dengue, zika e chikungunya, o que ajuda a diminuir o risco dessas doenças. Vale destacar que esse método não envolve modificação genética.