Há histórias que o tempo não apaga. Cristiano Ronaldo voltou a recordar um episódio que carrega desde os 13 anos: as idas a um McDonald”s de Lisboa, quando ainda era um jovem da formação do Sporting, e onde recebia hambúrgueres oferecidos por funcionárias que o viam chegar esfomeado depois dos treinos.

Em entrevista a Piers Morgan, publicada no YouTube, o jogador revelou que, mais de vinte anos depois, voltou a cruzar-se com uma dessas mulheres – num reencontro inesperado, num aeroporto, após uma viagem entre Riade e Lisboa.

“Foi uma história engraçada. Aterro em Lisboa vindo de Riade e um dos meus amigos diz: ‘Cristiano, olha quem está ali’. Sabes quando vês alguém passados muitos anos e reconheces a pessoa imediatamente? Vinte anos depois. Estava com a minha família e dei um grande abraço à rapariga. Os meus filhos até me perguntaram: ‘Pai, o que estás a fazer?’ Até a Gio olhou para mim. Contei-lhes depois a história. A vida é uma caixinha cheia de surpresas, nunca esperei este momento”, contou.

“Ela ficou um pouco em choque”

“Ela ficou um pouco em choque. Não esperava que eu a reconhecesse. Ela pensou que eu talvez não lhe falasse. Disse-me que, sempre que eu vinha a Portugal, ela sabia porque trabalhava nos bastidores do aeroporto. E tentava sempre ver-me, mas era barrada pela segurança. Daquela vez, veio substituir uma colega e estava lá. Fiquei tão feliz e pensei que isto é a vida. É tudo sobre momentos, capítulos”, continuou Ronaldo.

O jogador adiantou ainda que quer retribuir o gesto que recebeu na adolescência. “Fiquei com o número dela e, quando tiver tempo, vou fazer algo lindo e especial para essas pessoas que me ajudaram nesse período. Falei com amigos, estamos a tentar encontrar as pessoas a 100% e muito em breve vou fazer algo especial. Quando prometo, faço. Uma das pessoas era aquela rapariga”, garantiu o internacional português.

Cristiano falou ainda do amigo José Semedo, com quem partilhava as idas ao McDonald”s, e elogiou-lhe a lealdade: “Ele é um homem muito interessante, devias entrevistá-lo. Não é CEO do Al Nassr por causa de mim. Ele tem muito potencial e há muita gente que diz isso. Ele tem uma qualidade essencial – lealdade. Estas pessoas são muito raras no mundo, especialmente no futebol e com muito dinheiro à volta. Estas pessoas não se compram. Sou um homem sortudo pela família e amigos que tenho.”