A saga legal entre a ex-CEO da ADOR, Min Hee Jin, e a HYBE/Source Music ganhou um novo e caro capítulo. Após o turbulento processo sobre a validade do contrato do NewJeans (também conhecido como NJZ), no qual o tribunal rejeitou a maior parte das alegações de Hee Jin e do NJZ, a Source Music está de volta ao ataque. A gravadora moveu uma ação de indenização no valor de ₩ 500 milhões de KRW (aproximadamente US$ 345 mil) por danos, acusando Min de espalhar informações falsas e difamar a empresa publicamente. A próxima e crucial quarta audiência deste processo está marcada para hoje, 7 de novembro, no Tribunal Distrital Ocidental de Seul.
O centro dessa nova batalha judicial reside nas declarações públicas feitas por Min Hee Jin, onde ela acusou a Source Music de ter copiado sua estratégia de estreia proposta para o NewJeans, e de ter negligenciado certos membros do grupo enquanto eles ainda estavam sob a gestão da gravadora. Essas alegações foram feitas em coletivas de imprensa repletas de emoção, que geraram manchetes globais.
O peso das provas: Min Hee Jin e os registros do KakaoTalk
O que torna este processo particularmente delicado para Min Hee Jin é o precedente estabelecido pela decisão anterior do tribunal. Naquele veredicto, o tribunal não apenas rejeitou as alegações da ex-CEO envolvendo a Source Music e o tratamento do LE SSERAFIM, mas também deu peso significativo a uma prova apresentada pela HYBE: os chamados “registros do KakaoTalk de Min Hee Jin”.
O tribunal aceitou que essas conversas internas — que incluíam as reclamações e discussões de Min Hee Jin sobre a HYBE e a Source Music — eram em grande parte válidas como evidência. Essa aceitação da prova de comunicação interna enfraquece a defesa da empresária, pois o tribunal concluiu que a “guerra de narrativas públicas” foi iniciada pela própria ex-CEO em abril de 2024 e que a maioria de suas acusações, como o plágio da ILLIT ou os rumores de manipulação de paradas, carecia de provas credíveis no contexto do processo contratual.
Source Music: Negações veementes e ameaça legal rigorosa
Em resposta às acusações de Min Hee Jin, a Source Music se manifestou de forma inequívoca. A gravadora não apenas negou veementemente ter copiado qualquer plano de lançamento proposto pela então Diretora de Negócios, como também esclareceu um ponto de contexto crucial sobre o feedback do produtor Bang Si Hyuk em 2020.
Segundo a Source Music, a sugestão de Si Hyuk para a implementação do projeto não se referia ao grupo que estrearia pelo “N Team” da Source Music (que se tornou o LE SSERAFIM), mas sim a um novo grupo sob a própria gravadora de Min Hee Jin (que se tornou o NewJeans). A gravadora acusa Min de ter distorcido os fatos para favorecer sua narrativa pública.
A Source Music não está apenas pedindo indenização; ela está emitindo um alerta severo. A empresa afirmou que Min Hee Jin continua a espalhar informações falsas e prometeu responder com medidas legais rigorosas caso a situação persista. Chegaram a declarar a disposição de divulgar publicamente provas para sustentar suas alegações, um movimento que sugere que a Source Music está confiante em sua posição e pronta para escalar o confronto legal.
Com a rejeição das alegações de Min Hee Jin no caso anterior servindo como um forte indicador, a audiência de novembro se torna um marco. A decisão sobre a indenização de $ 345 mil não é apenas sobre dinheiro; é sobre quem será responsabilizado legalmente pela narrativa pública que agitou a indústria do K-Pop em 2024.