A força naval da União Europeia libertou com sucesso o navio mercante Hellas Aphrodite que tinha sido sequestrado por piratas armados no Oceano Índico no passado dia 6 de Novembro, quinta-feira. Em comunicado, o Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) divulgou este sábado que a libertação da embarcação e dos seus 24 tripulantes decorreu no âmbito de uma acção de uma força naval europeia, que está a ser comandada por um militar português, o comodoro João Pedro Monteiro da Silva.

“A acção rápida e coordenada evitou vítimas e devolveu a segurança à tripulação composta por 24 elementos. A missão conta com a presença de 10 militares portugueses do Estado-Maior, integrados na estrutura multinacional da força”, revela o EMGFA.

O incidente ocorreu a 6 de Novembro, quando o navio, com pavilhão de Malta, foi abordado por cinco indivíduos armados com espingardas automáticas e lança-granadas, a cerca de 600 milhas náuticas da costa da Somália. Segundo a Euronews, o navio Hellas Aphrodite transportava uma carga de gasolina da Índia para a África do Sul.

De acordo com uma publicação da Operação ATALANTA, a situação de ameaça na zona “continua crítica” e está em curso uma operação conjunta para interceptar a embarcação utilizada neste ataque.

Após o alerta de pirataria, os meios da Operação ATALANTA foram imediatamente mobilizados para tomar conta da ocorrência, “actuando com rapidez e eficácia”. De acordo com a Euronews, as forças especiais da fragata espanhola Victoria entraram a bordo do navio-tanque e libertaram os 24 membros da tripulação que se tinham fechado na cidadela do navio quando o ataque começou, na quinta-feira, disse a coligação antipirataria da UE.

Esta acção decorre no âmbito da 51.ª rotação da Operação Atalanta, em curso entre Outubro de 2025 e Fevereiro de 2026, e actualmente sob liderança portuguesa. A delegação, comandada pelo comodoro João Pedro Monteiro da Silva, integra militares da Marinha Portuguesa, da Armada Espanhola e da Marinha Militar Italiana, reflectindo o carácter multinacional desta operação da União Europeia.

A pirataria ao largo da costa da Somália atingiu o seu pico em 2011, quando foram registados 237 ataques. Em 2011, a pirataria somali na região custou à economia mundial 6 mil milhões de euros, tendo sido pagos 138 milhões de euros em resgates.