A FIA esclareceu os motivos que levaram à penalização de Oscar Piastri pelo incidente no Grande Prémio de São Paulo, na sexta volta, após a saída do Safety Car. O piloto australiano da McLaren foi considerado totalmente responsável pela colisão que envolveu Kimi Antonelli e Charles Leclerc, recebendo uma penalização de 10 segundos e dois pontos de penalização na sua superlicença.
No momento do incidente, Piastri ocupava o quarto lugar e tentou ganhar posições logo no reinício da corrida, atacando Antonelli pelo interior da Curva 1. Contudo, o piloto da McLaren bloqueou os travões durante a manobra, acabando por atingir o Mercedes do jovem italiano. O impacto projetou Antonelli contra o Ferrari de Leclerc, que sofreu danos irreparáveis e foi forçado a abandonar a prova.
Apesar de ter subido temporariamente a segundo após a manobra, Piastri cumpriu a penalização durante a sua primeira paragem nas boxes, terminando em quinto lugar. O incidente agravou a sua situação no campeonato, deixando-o 24 pontos atrás do colega de equipa e rival direto Lando Norris, vencedor em Interlagos e líder destacado da temporada.
Num comunicado oficial, os comissários explicaram a decisão:
“Na sexta volta, no reinício sob Safety Car, o carro n.º 81 (Oscar Piastri) tentou ultrapassar o carro n.º 12 (Kimi Antonelli) pelo interior da Curva 1. Piastri não estava suficientemente ao lado do adversário antes do apex da curva, pois o seu eixo dianteiro não estava alinhado com o espelho do carro n.º 12, conforme definido nas Diretrizes de Condução para ultrapassagens pelo interior.”
“Piastri bloqueou os travões na tentativa de evitar o contacto, mas não conseguiu fazê-lo, colidindo com Antonelli. Esse contacto causou uma segunda colisão entre Antonelli e o carro n.º 16 (Charles Leclerc), que se encontrava no exterior e foi forçado a abandonar. Piastri é, portanto, considerado totalmente responsável pelo incidente. A penalização de 10 segundos e 2 pontos de penalização são consideradas adequadas e consistentes com precedentes recentes.”