A divulgação de vídeos pelo Hamas com reféns israelitas motivou fortes condenações de vários líderes do Ocidente. O Presidente francês, Emmanuel Macron, foi o mais vocal e criticou a “crueldade abjeta” dos dirigentes do grupo islâmico e censurou as “imagens intoleráveis dos reféns israelitas em Gaza”. Já o primeiro-ministro israelita, comparou os vídeos “aos crimes nazis”. Em Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou a “manipulação cruel do sofrimento”.
O chefe do executivo de Israel adiantou no X, este domingo, que falou com a delegação da Cruz Vermelha na região e pediu o envolvimento imediato da organização “para providenciar comida aos reféns e também providenciar-lhes tratamento médico”. O líder do executivo israelita frisou que o “mundo não pode ficar indiferente às imagens chocantes que são reminiscentes dos crimes nazis”.
Numa publicação no X, Emmanuel Macron declarou que uma das prioridades de França continua a ser a libertação dos reféns, tal como um cessar-fogo e a “entrega massiva de ajuda humanitária, que continua bloqueada nas fronteiras de Gaza”. O Presidente francês voltou a insistir também no reconhecimento do Estado Palestiniano.
An abject cruelty, an unlimited inhumanity: this is what Hamas embodies.
The unbearable images showing Israeli hostages held in Gaza remind us of this horror.
We think with deep emotion of Evyatar David, Rom Braslavski, all the hostages…
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 3, 2025
O líder de França reiterou que defende uma “solução política” com dois Estados: “Israel e Palestina a viver lado a lado em paz”. “Será o único caminho possível para um futuro onde a justiça, segurança e dignidade estão garantidas para todos os povos da região”.
Emmanuel Macron frisou, no entanto, que, “nesta visão política”, França vai continuar a defender a “total desmilitarização do Hamas”, a exclusão do grupo de “qualquer forma de governação” e o reconhecimento de Israel pelo estado da Palestina.
The images of hostages being paraded for propaganda are sickening.
Every hostage must be released unconditionally. Hamas must disarm and have no control over Gaza.
We are working with partners on a long-term solution and plan for peace. This must begin with an immediate…
— David Lammy (@DavidLammy) August 3, 2025
Por sua vez, David Lammy, ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido (país que também poderá reconhecer o Estado Palestiniano em setembro), criticou no X os vídeos “doentios” publicados pelo Hamas. “Todos os reféns devem ser imediatamente libertados. O Hamas deve desarmar-se e não ter controlo sobre Gaza.”
The images of Israeli hostages are appalling and expose the barbarity of Hamas. All hostages must be released immediately and unconditionally.
Hamas must disarm and end its rule in Gaza.
At the same time, large-scale humanitarian aid must be allowed to reach those in need.
— Kaja Kallas (@kajakallas) August 3, 2025
A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, condenou no X os vídeos divulgados pelo Hamas. “As imagens dos reféns israelitas são aterradoras e demonstram a barbárie do Hamas. Todos os reféns devem ser libertados imediata e incondicionalmente”, escreveu a dirigente comunitária nas redes sociais.
O Hamas tem de libertar os reféns já e sem condições. A manipulação cruel do sofrimento, agravada por imagens chocantes e indignas, é terrorismo extremo. Como resulta da declaração de Nova Iorque, o Hamas tem de ser desarmado e afastado de Gaza. A ajuda humanitária é urgente.
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) August 2, 2025
Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, liderado pelo ministro Paulo Rangel, criticou “a manipulação cruel do sofrimento, agravada por imagens chocantes e indignas”, que “é terrorismo extremo”. “Como resulta da declaração de Nova Iorque, o Hamas tem de ser desarmado e afastado de Gaza. A ajuda humanitária é urgente.”
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