O anime está mais popular do que nunca em todo o globo, como demonstrado pelos recentes sucessos de Demon Slayer e Chainsaw Man nos cinemas, mas os estúdios japoneses que produzem animações estão mergulhados numa severa crise financeira.

Entre janeiro e setembro de 2025, 8 estúdios de produção de anime deixaram o mercado, dois deles abriram falência, uma tendência que está a crescer ao longo dos últimos anos. O CBR relata que a situação é provavelmente muito pior do que se imagina, uma vez que muitos outros pequenos estúdios que são contratados pelas maiores produtoras e trabalhadores freelancer deixam o mercado sem qualquer notícia.

Com a crescente popularidade do anime e o decrescente número de trabalhadores no Japão, contratar pessoas em todo o mundo tornou-se numa opção popular, mas com o enfraquecimento do iene, os pagamentos subiram imenso, o que reduz severamente a rentabilidade dos projetos. Muitos estúdios vivem atualmente no que é descrito como “prosperidade sem lucro”, a sobreviver apenas para pagar o próximo trabalho.

No Japão, as grandes companhias que adquirem os direitos de distribuição e produção para cada obra ficam com a esmagadora maioria do dinheiro, os estúdios que produzem os sucessos são meramente contratados para o trabalho e permanecem sem crescimento económico. É o caso da Ufotable, que produziu sucessos como Demon Slayer: O Castelo Infinito, mas foi contratada pela Aniplex que pertence à Sony.

A Studio Mappa de Chainsaw Man é vista como uma rara exceção, financiou sozinha a produção do anime, mas assumiu toda a pressão para alcançar sucesso, enquanto outros estúdios continuam a trabalhar sem parar, à beira da falência, enquanto o anime conquista cada vez mais fãs.