Jorge Panchoaga começou a fotografar Palenque de San Basilio por “encomenda” mas ficou por “intuição”. Trata-se de uma pequena vila no norte da Colômbia, fundada por pessoas escravizadas que fugiram no século XVII. É considerado o primeiro território livre das Américas e, em 2005, foi declarado “obra-prima do Património Oral e Imaterial da Humanidade” pela UNESCO. Na exposição “Kalabongó”, Panchoaga conta a história de uma comunidade afrodescendente que lutou pela liberdade.
Em entrevista ao Expresso, à margem da sua primeira mostra em Portugal, o fotógrafo e cineasta colombiano explica como este povo foi “arrancado do lugar onde vivia”, durante o período da colonização da América e, mesmo assim, “lutou para encontrar um novo”, preservando as suas “raízes”.
“Acho que o maior legado que as comunidades afrodescendentes puderam deixar à Humanidade é a busca e o desejo de liberdade”, afirma Panchoaga, vencedor de cinco prémios Picture Of The Year. A exposição pode ser visitada com uma lanterna até ao dia 20 de dezembro, na galeria Narrativa, em Lisboa. A entrada é livre.
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