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Já foi chamada de “doida”, “louca” e muitos outros adjetivos cruéis. Em alguns momentos, talvez até tenha acreditado nesses rótulos, tamanha a dor silenciosa que a acompanhou por boa parte da vida. Sem diagnóstico por décadas, lutando para entender uma doença que mal sabia que tinha, Claudia Carvalho foi vítima de preconceito, violências físicas e emocionais, mas também encontrou força para transformar sofrimento em palavras.
É dessa experiência intensa que nasce “Acorrentada pela Mente”, obra potente e visceral da escritora, jornalista e fotógrafa capixaba, agora relançada em sua segunda edição, na versão eBook. Subtitulada O Processo: Etapas do Tratamento, a obra retrata com coragem o enfrentamento diário de Claudia contra os transtornos mentais, entre eles o transtorno bipolar, diagnosticado apenas depois dos 40 anos.
Ao Espírito Santo Notícias, Claudia contou que escrever foi o caminho mais eficaz para aliviar a dor e iniciar o processo de cura. “A cura é um pouco a cada dia. E a escrita tem sido meu remédio”, destacou.
A narrativa parte de vivências pessoais duras: uma infância marcada pela ausência da mãe, diagnosticada também com transtorno bipolar e a criação pela avó materna em Guaçuí (ES). Desde cedo, Claudia enfrentou rejeição, julgamentos e o medo de herdar a doença. A dor era potencializada pelos comentários cruéis: “a filha da doida”, “ela também tem duas caras?”, “será que é doida também?”.
Ao longo da vida, também enfrentou violência doméstica, abuso, mudanças drásticas de humor e até uma tentativa de suicídio. Foram anos travando uma batalha interna até que, enfim, veio o diagnóstico, tardio, sim, mas também libertador.
Mais que uma autobiografia, Acorrentada pela Mente é um manifesto contra o silêncio. Uma obra que clama por empatia, compreensão e humanidade diante das doenças que, embora invisíveis, são tão reais quanto qualquer dor física. Com sensibilidade e honestidade, Claudia revisita feridas para curar a si mesma e, ao mesmo tempo, acolher leitores que enfrentam dilemas semelhantes.
“Se você já se sentiu preso(a) dentro de si mesmo(a), ou conhece alguém que esteja lutando em silêncio, este livro pode ser uma ponte entre o medo e a libertação. Uma voz que representa tantas outras que ainda não conseguem falar”, disse a autora.
Para Claudia, a obra é mais do que um testemunho. É uma ferramenta de cura. É vida.
📘 Sinopse de “Acorrentada pela Mente”
Na obra, Claudia Carvalho compartilha sua trajetória como filha primogênita de uma mãe com transtorno afetivo bipolar. Criada pela avó em Guaçuí, no Espírito Santo, enfrentou uma infância e adolescência marcadas por abandono emocional, estigma social e medo da hereditariedade da doença.
Ela descreve a dor de não poder contar com a mãe nos momentos mais difíceis, pois era justamente ela quem precisava de cuidados. A narrativa mergulha nas consequências emocionais dessa vivência, expondo o impacto na autoestima, nas relações afetivas, profissionais e sociais.
Claudia detalha o caminho percorrido em busca de equilíbrio: acompanhamento psiquiátrico, psicoterapia, hipnoterapia, meditação e, sobretudo, o autoconhecimento. Enfrentando os fantasmas do passado, aprendeu a acolher a criança interior que ficou desamparada.
O livro propõe desmistificar os transtornos mentais — especialmente o transtorno bipolar — e mostrar que, com apoio, tratamento e coragem, é possível reconstruir-se e viver com dignidade e propósito.
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