Conhecida por transformar as viagens low-cost na Europa, a Ryanair continua a reforçar a sua operação em Portugal, com presença de destaque no aeroporto de Faro, ponto-chave no Algarve. Criada em 1984, a transportadora irlandesa iniciou-se com voos curtos entre a Irlanda e o Reino Unido. Hoje, apesar de ser uma das mais populares, mantém-se envolta em polémicas devido às suas regras e tarifas, consideradas por muitos como excessivas. A mais recente medida está a gerar discussão, sobretudo entre passageiros menos prevenidos.

Multa pesada para quem se atrasa

A companhia introduziu uma nova penalização que poderá afetar quem chega tarde ao aeroporto. Segundo o jornal britânico Daily Star, a Ryanair cobra agora 117 euros a passageiros que se apresentem menos de 40 minutos antes da hora de partida.

Quando isso acontece, o balcão de check-in já está encerrado e o embarque em andamento. Mesmo tentando remarcar para outro voo, a taxa mantém-se. A penalização aplica-se a quem chegue até uma hora depois da descolagem do voo perdido.

Regra alinhada com práticas anteriores

Esta política segue a mesma linha de outras já conhecidas da transportadora, como a cobrança a quem não conclua o check-in online no prazo estabelecido. O regulamento atualizado determina que, se o check-in não for feito pela internet até duas horas antes do voo, o passageiro pode realizá-lo presencialmente, até 40 minutos antes, mas pagando mais.

Segundo a mesma fonte, estas medidas fazem parte da estratégia da companhia para incentivar procedimentos digitais e antecipados, reduzindo atrasos e filas nos terminais.

Planeamento torna-se crucial

Com este tipo de regras, a organização é fundamental. A Ryanair recomenda que todos façam o check-in com antecedência e cheguem cedo ao aeroporto para evitar custos inesperados. O objetivo oficial é garantir pontualidade, mas cabe ao passageiro conhecer e respeitar as condições para não ser surpreendido.

Chegar cedo para evitar problemas

Apesar das orientações serem claras, muitos continuam com dúvidas sobre a hora ideal para chegar ao aeroporto. Alguns optam por chegar duas ou mais horas antes, enquanto outros arriscam períodos mais curtos. Com a nova penalização, a margem de erro reduz-se ainda mais.

A penalização agora em vigor, segundo a fonte anteriormente citada, é um aviso para quem adia tudo até ao último minuto. A recomendação é simples: verificar horários, concluir o check-in online e chegar cedo. Cumprir as regras evita perdas, atrasos e aborrecimentos, mantendo o valor original da viagem.

Recordes e novos números

Em março de 2025, a companhia transportou 15 milhões de passageiros, mais 10% do que no mesmo mês de 2024. Operou cerca de 84 mil voos, com uma taxa de ocupação de 93% nesse mês e 94% no acumulado anual.

Com sede em Dublin, a empresa celebrou, a 26 de março, a marca de 200 milhões de passageiros anuais. O presidente executivo, Michael O’Leary, citado pelo Daily Star, indicou que prevê lucros de 1,6 mil milhões de euros no ano fiscal terminado, abaixo dos 1,9 mil milhões do ano anterior, devido a uma redução de 8% no preço médio dos bilhetes.

Mais medidas no horizonte

A Ryanair voltou a pedir recentemente restrições mais duras ao consumo de álcool nos aeroportos europeus, para reduzir incidentes com passageiros embriagados a bordo. A proposta sugere limitar a compra de bebidas alcoólicas a duas por passageiro, controladas através do cartão de embarque. “Durante atrasos, há consumo excessivo de álcool sem qualquer controlo”, afirmou um porta-voz da empresa.

Como curiosidade, saiba que a Ryanair foi a primeira companhia aérea europeia a ultrapassar a marca de 200 milhões de passageiros transportados num único ano. Apesar da sua imagem de “low-cost”, a empresa é uma das que mais investe em renovação de frota, tendo encomendado mais de 150 novos aviões Boeing 737 nos últimos anos.

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