A Cadillac realizou o seu primeiro teste em pista na Fórmula 1 com Sergio Pérez ao volante de um Ferrari SF-23 no circuito de Imola, num passo simbólico e operacional rumo à estreia oficial da equipa em 2026. O construtor norte-americano intensifica assim os preparativos para a entrada no campeonato como 11.ª equipa, contando com o apoio técnico da Ferrari durante esta fase inicial.
Antes de se tornar fabricante integral de unidades motrizes, a Cadillac beneficia da cedência de motores, caixas de velocidades e do monolugar de 2023 da Ferrari, utilizado especificamente para testes permitidos ao abrigo das regras TPC. O SF-23 foi inicialmente testado em Fiorano por Arthur Leclerc, piloto de desenvolvimento da Scuderia, antes de seguir para Imola para a primeira sessão completa conduzida por Sergio Pérez.
More photos of Sergio Perez in action at Imola with the Ferrari SF-23 today. #CadillacF1Team #F1 pic.twitter.com/KkyTta1EYD
— Lucho Yoma (@LucianoYoma) November 13, 2025
A escolha de Pérez deve-se ao facto de Valtteri Bottas — que formará dupla com o mexicano em 2026 — ainda estar vinculado à Mercedes como piloto de reserva até ao final da época. Assim, Pérez assume o papel de referência neste primeiro contacto operacional da Cadillac com um Fórmula 1 real.
O diretor da equipa, Graeme Lowdon, já havia explicado, durante o Grande Prémio de Singapura, que o objetivo central destes testes não passa por obter vantagens técnicas, mas sim por treinar e afinar procedimentos internos. A utilização de um carro com dois anos cumpre integralmente os regulamentos e permite simular condições de trabalho próximas da realidade competitiva.
A beautiful sight🖤🇲🇽#CadillacF1Team
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Graeme Lowdon afirmou: “Queremos usar um carro porque, em todas as simulações que fazemos, tentamos torná-las o mais realistas possível. As pessoas ficam por vezes preocupadas com a possibilidade de obtermos vantagem por testar o carro de outra equipa — mas não estamos a testar o carro, estamos a testar as pessoas.”
Explicou ainda que o benefício procurado é exclusivamente humano e operacional: “A vantagem que queremos não tem a ver com o carro. Queremos que os nossos mecânicos tenham a mesma experiência que todos os outros no paddock, que ganhem a memória muscular necessária para operar um F1: colocar mantas térmicas, lidar com o tamanho, o calor e a presença de um monolugar.”
Lowdon sublinhou que esta etapa é essencial para preparar a estrutura para 2026, garantindo que a equipa chega à grelha com processos consolidados e competência operacional ao nível dos atuais concorrentes.