Kimi Antonelli revelou que a relação com o seu colega de equipa, George Russell, tem sofrido alterações nas últimas semanas, à medida que o jovem italiano se aproxima consistentemente do nível de performance do britânico.

A época de estreia de Antonelli tem sido marcada por altos e baixos, mas os seus resultados recentes — incluindo o melhor resultado da carreira no Brasil — começam a reposicionar o equilíbrio interno na Mercedes.

Antonelli assumiu o lugar de Lewis Hamilton no início da temporada e passou a dividir a garagem com Russell, que adotou um papel mais próximo de “líder de equipa”. Enquanto o britânico soma duas vitórias e mantém-se firme na luta pelas primeiras posições do campeonato, o italiano demorou a encontrar estabilidade, passando por um período de menor rendimento entre maio e setembro.

Mudança de paradigma interno?

No entanto, desde o final da fase europeia, Antonelli tem mostrado clara evolução. Somou pontos em seis dos últimos seis Grandes Prémios, incluindo um pódio no Brasil, e tem superado Russell nas duas corridas mais recentes. Com ambos os pilotos já confirmados para 2026, o próximo ano será decisivo para avaliar se Antonelli conseguirá sustentar esta tendência ao longo de uma temporada completa.

O progresso do jovem piloto também está a fortalecer a posição da Mercedes no Mundial de Construtores e a aproximá-lo de Lewis Hamilton na classificação de pilotos, com a possibilidade real de terminar o ano à frente do sete vezes campeão do mundo.

Após o Grande Prémio do Brasil, Antonelli admitiu uma mudança na dinâmica interna da equipa:

“A minha relação com o George está a mudar. É natural que ele não fique satisfeito por terminar atrás de mim, tal como eu nunca fico quando estou atrás. A relação mudou e continuará a mudar, mas há muito respeito entre nós e existe uma boa dinâmica na equipa porque estamos a puxar um pelo outro.”

O italiano descreveu ainda o impacto do resultado em Interlagos:

“Este fim de semana dá-nos um impulso incrível para Las Vegas, onde a equipa esteve fantástica no ano passado. Espero que possamos ser fortes novamente. Apesar de o carro ter características diferentes das de 2024, o ADN é muito semelhante.”

Sobre a fase difícil que atravessou, Antonelli acrescentou:

“Vinha de um período muito negro nos últimos meses. Consegui sair dele e, por isso, este pódio é realmente especial também a nível pessoal.”