
Nível mais baixo dos últimos seis meses. Há analistas que vêm os novos números como um mau sinal para a criptomoeda.
A semana não correu (nada) bem para os investidores em criptomoedas, nomeadamente para quem investe ou investiu na bitcoin.
A criptomoeda mais conhecida – e a maior do mercado – caiu abaixo da marca “psicológica” dos 100 mil dólares. É o valor mais baixo ao longo dos últimos seis meses, desde Maio que não chegava a este ponto.
E, recorde-se, o contexto de Maio era muito específico: ainda as “ondas” das tarifas, da guerra comercial anunciada por Donald Trump, presidente dos EUA.
Há uma evidente crise de confiança. Que se intensifica, avisa o Handelsblatt. O analista Timo Emden vê a nova queda do Bitcoin abaixo da marca dos 1.000 dólares como um mau sinal.
A revista Exame acrescenta que a queda prolongada da bitcoin nesta semana “assustou o mercado”, e também reforçou as especulações sobre um eventual ciclo de queda da famosa criptomoeda.
Mas há especialistas que não estão pessimistas sobre o assunto.
Ki Young Ju, da CryptoQuant, apontou: “Quem entrou no mercado da bitcoin há 6 ou 12 meses tem um preço médio de investimento próximo de 94 mil dólares. Não acho que o ciclo de queda esteja confirmado a menos que percamos esse nível. Prefiro esperar do que tirar conclusões precipitadas”.
Enquanto houver um fluxo de capital – e está a haver, continua a haver investimento – não é um ciclo de queda, continuou o especialista.
ETFs?
Outro especialista, Chris Kuiper, tem outra perspectiva: são os investidores mais antigos que estão a causar este declínio lento, gradual e constante.
Está a haver um “movimento de compra visível” no mercado tradicional por parte de empresas e investidores de ETFs.
Kuiper admitiu que até os clientes da sua empresa, a Fidelity, que investem no bitcoin há mais tempo, têm relatado um “cansaço” em relação a esta criptomoeda. Ou seja, preferem experimentar ETFs.
Corre-se o risco que este movimento de venda evidente crie um pessimismo generalizado; sobretudo tendo em conta a incerteza económica mundial actual. E quando surge uma bola de neve…