
Município de Rio Bonito do Iguaçu foi atingido por um violento tornado na semana passada, 7 de novembro.
Memórias da catástrofe de Rio Grande do Sul chegaram com força a Rio Bonito do Iguaçu. Carros entalados ameaçam a água da região e está tudo à espera das seguradoras.
Nem os automóveis escaparam da devastação deixada pelo tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, Brasil, na semana passada.
Os ventos de 330 km/h foram mais do que suficientes para esmagar e até empilhar veículos abandonados na cidade, que acabaram por se tornar parte da paisagem de destruição.
No vídeo registrado dentro de uma cabine de colheitadeira, é possível observar o instante em que um tornado atinge Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, na tarde de 7 de novembro de 2025.
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Para além dos danos estruturais causados pelo fenómeno, o “cemitério” de carros levantou uma série de preocupações. Isto porque os fluidos dos veículos, como o óleo do motor, a gasolina e os líquidos das baterias, podem vazar e contaminar o solo e a água, agravando ainda mais a crise naquela região.
A cidade nem precisa de especular: basta recordar as cheias que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, quando mais de 200 mil automóveis foram afetados. A demora na recolha, combinada com a enorme lista de urgências, resultou em veículos a apodrecer ao ar livre pelas ruas da cidade.
Até ao momento, o governo estadual não dispõe de estimativas oficiais sobre quantos veículos foram destruídos, nem identificou risco de contaminação ambiental. Contudo, se o processo seguir a lógica do Rio Grande do Sul, o primeiro passo deverá partir das seguradoras, que terão de classificar os veículos entre os que podem ser reparados e os que sofreram “perda total”.
Os automóveis que sofreram danos irreversíveis devem ser encaminhados para desmantelamento, a fim de reaproveitar quaisquer peças e materiais recicláveis, enquanto aqueles abandonados ou demasiado danificados, e não recuperados pelos seus proprietários, podem seguir para leilão.
Claro que, neste momento, a prioridade no Paraná é o socorro e a reconstrução das estruturas urbanas, tanto que o governador do estado já sancionou uma lei que permite o repasse direto de até 50 mil reais (cerca de 8125 euros) às famílias afetadas.