
Manuel João Vieira
O candidato que é de “extemo-centro” quer acabar com o estacionamento pago, porque está farto da EMEL; e com o SNS, porque vai implementar a proibição de todas as doenças: “quem tossir paga multa.”
Manuel João Vieira, músico, artista plástico e professor português, esteve na SIC Notícias, esta sexta-feira à noite a expor alguma das ideias que tem para melhorar o país.
Segundo anunciou no mesmo canal, o vocalista e fundador dos Ena Pá 2000 e Irmãos Catita já reuniu o número de assinaturas necessário para apresentar a sua candidatura à Presidência da República.
“Está na altura de Portugal regressar às suas responsabilidades e voltar a ser grande, bonito e com estacionamento gratuito, porque eu já estou um bocado farto da EMEL”, considerou.
É por estas – e por outras – que se candidata. Acha que os portugueses estão exilados na sua própria terra e sugere recolonizar Portugal, propondo voltar a levar os camponeses ou descendentes de camponeses para as suas aldeias.
“Tenho uma ideia de uma cidade de 10 milhões de habitantes, no centro do país e vai de baixo até cima, em que tudo está garantido pela inteligência artificial. Se as pessoas tiverem algum problema, carregam num botão e está resolvido. É só isto”, simplificou.
Para a imigração diz ter solução: deixar as pessoas mais escuras mais claras e as mais claras mais escuras. E como? “Ou através da ciência dermatológica nacional, que é muito boa ou através da fornicação em série, estúpida e imparável. Eu não digo que solução prefiro, as cartas estão na mesa.”
“Mas dessa maneira as pessoas ficavam todas iguais, não era? E as pessoas nunca são iguais, pois não?”, refletiu. “Porque as pessoas gostam de… tu és do Benfica, tu és do Porto, tu és do Sporting… portanto, vão continuar a haver diferenças. Como é que vamos eliminar essas diferenças? É com uma só equipa nacional, que terá homens, mulheres, trans, marcianos o que queiram…”
Manuel João Vieira recomenda-se: “eu acho que, no meio da cristalização medíocre em que está mergulhado este país, nós temos de olhar para outros horizontes. Eu acho que o absurdo tem de ser nacionalizado.”
Quando a jornalista perguntou ao candidato se era de esquerda ou direita, a resposta foi clara: “exatamente, sou de esquerda direita. Sou do extremo-centro.”
Propostas que aquecem o coração dos portugueses
Almejando ser o “presidente dos ainda mais afetos”, as suas propostas incidem na disseminação do amor.
“Eu prometo vinho canalizado em todas as casas, prometo uma prostituta em cada canto de rua, Ferraris para todos os portugueses, uma patinadora russa para todos os portugueses e dançarinos cubanos para as mulheres (…) o que eu prometo, no fundo, é amor“, resume.
Manuel João Vieira já tinha aparecido em 2000, com propostas idênticas para as presidenciais de 2001. Mas, na altura, não passou de uma pré-candidatura.