Neste Global, espaço para falar sobre a greve geral em Portugal, os novos episódios protagonizados por Donald Trump e sobre um “míssil” que atingiu Zelensky politicamente, vindo do seu próprio governo

Comecemos por um dos temas que marca Portugal: a greve geral de 11 de dezembro. “É melhor para o país, para o Governo e para a UGT que haja acordo com a UGT, porque com a CGTP nunca há”.

Para o comentador da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), a CGTP tem “como principal motivo de vida ser do contra”.

Portas admite que “o Governo tem de fazer concessões”, mas aconselha a UGT – que já trouxe para cima da mesa o cenário de dois dias de paralisação – a não fazer “ameaças públicas”.

“Isso torna o compromisso mais difícil, porque é difícil recuar”, resume.

A “realidade” das migrações

Neste Global, Paulo Portas debruça-se sobre os mais recentes dados das migrações, que comprovam que uma queda “significativa” nas chegadas irregulares.

“Há uma grande diferença entre a realidade e aquilo que a gente recebe nos telemóveis porque alguém nos quer enganar quanto à dimensão das coisas”, avisa Portas.

Mais um “sarilho” para Trump

Donald Trump volta a ser o protagonista desta semana. E, para Paulo Portas, “como Trump não consegue estar quieto, dois dias depois de uma vitória [reabertura do governo], meteu-se em mais um sarilho”.

Em causa estão novas revelações do caso Epstein: “Lá saíram mais milhares de emails, que pelo menos provam que duas ou três coisas que Donald Trump não são verdadeiras”.

Portas destaca ainda o “falhanço político” de Trump na sua política de tarifas, com a decisão de retirar este encargo de centenas de produtos alimentares, dado os efeitos sentidos pelas famílias americanas nos seus orçamentos familiares, com a inflação.

“O que interessa é o défice eleitoral”, notou Portas. Para concluir: “Decidiu andar para trás, com uma retórica para salvar a face”.

“Um míssil de dentro do governo ucraniano”

E, num momento, em que “a Rússia está a tentar tudo por tudo, com 20 mil mortos por mês, para fechar o Donbass” e tentar chegar a Kharkiv, Portas lembra que Zelensky foi atingido por um “míssil que veio de dentro do governo ucraniano”, com o caso de alegada corrupção no setor da energia.

 “É um mau momento para Zelensky, evidentemente”, resume.