O piloto português Miguel Oliveira encerrou neste domingo, no Grande Prémio da Comunidade Valenciana, o ciclo de sete temporadas a competir em MotoGP. A despedida foi feita com um 11.º lugar, tendo partido de 18.º, no que o piloto da Yamaha disse ser “uma forma bonita” de se despedir do Mundial de Velocidade. A vitória caiu para Marco Bezzecchi, dando à Aprilia a segunda vitória consecutiva.
“Foi uma boa corrida de despedida para mim. Fizemos alguns ajustes para o warm-up, a mota ficou bastante melhor e a corrida confirmou isso. Tive um bom ritmo, constante, e partindo tão atrás, fiquei satisfeito por recuperar sete posições”, disse Miguel Oliveira nas declarações após o final da corrida.
Antes das sete épocas em MotoGP, o piloto natural de Almada esteve uma temporada em 125cc, quatro em Moto3, onde foi vice-campeão em 2015, e três em Moto2, onde foi terceiro classificado em 2017 e também vice-campeão em 2018.
Farewell Miguel Oliveira, it’s been a pleasure ??#MotoGP | #ValenciaGP | Live on TNT Sports and Discovery+ pic.twitter.com/hqLPPcDDWI
— TNT Sports Bikes (@bikesontnt) November 16, 2025
Durante 15 temporadas no Mundial de Velocidade, o português somou 17 vitórias em corridas (cinco em MotoGP e seis em Moto2 e Moto3), dentro de 41 pódios em 244 corridas. Uma carreira “com que muitos pilotos só podem sonhar”, disse.
“Tive o privilégio de vencer em diferentes categorias e fiz parte de grandes equipas que me ajudaram a alcançar o meu melhor potencial, especialmente na Moto3 e na Moto2. Estou agradecido a muitos fabricantes, muitas equipas e muitas pessoas que conheci ao longo destes anos e que trouxeram ao de cima o melhor de mim. Tudo aquilo que alcançar no futuro será também resultado de todas estas experiências”, reflectiu o português, depois de uma corrida que o deixou satisfeito.
“Foi uma corrida em que me diverti — uma forma bonita de me despedir dos meus fãs e também da equipa”, sublinhou Oliveira, que, aos 30 anos, vai saltar para o Mundial de Superbikes.
O português já aponta à nova categoria: “Agora sinto-me entusiasmado com a nova aventura, mas também triste por partir… uma mistura de emoções. Enfrento um novo desafio que é tão assustador quanto empolgante. É triste porque sei que ainda tenho muito potencial neste paddock, e sair assim não é fácil. Mas hoje foi um bom dia — um dia de celebração — e estou feliz por terminar desta forma.”
Na prova deste domingo, em Valência, Marco Bezzecchi deu à Aprilia a segunda vitória consecutiva, depois do triunfo no Grande Prémio de Portugal. Raul Fernández, da Trackhouse, foi segundo, completando a “dobradinha” da Aprilia, com Fabio Di Giannantonio (Ducati) a fechar o pódio.
Tudo depois de um drama no final da volta de aquecimento, com Franco Morbidelli forçado a abandonar antes do início da corrida, depois de ter colidido com Aleix Espargaró na grelha, fracturando a mão esquerda ao cair. Na corrida, Bezzecchi fez uma excelente largada, mantendo a liderança na primeira curva, à frente de vencedor da sprint race, Alex Márquez. A época do italiano Francesco Bagnaia (Ducati) terminou à quarta volta, na sequência de uma colisão com Johann Zarco.
At the end of 22 rounds, the #MotoGP Champioship ends like this ??#ValenciaGP ?? pic.twitter.com/zJc8IcjgxJ
— MotoGP™?? (@MotoGP) November 16, 2025
Bagnaia chegou a estar entre os três primeiros do Mundial, no início do ano, mas o bicampeão encerrou 2025 em quinto lugar, a 257 pontos do campeão, Marc Márquez, concluindo a época com cinco abandonos seguidos.
O campeão de 2024, o espanhol Jorge Martín, terminou uma época marcada por lesões à 15.ª volta, por indicação da Aprilia, numa medida de precaução. Miguel Oliveira concluiu a prova a 19,304 segundos do vencedor, fechando o seu último Mundial no MotoGP na 20.ª posição, com 43 pontos.