Os bombeiros dizem ter alertado reiteradamente a Câmara de Lisboa para a falta destas condições e, sem resposta, decidiram avançar para uma greve.
A greve vai durar um mês e os sapadores só garantem os serviços mínimos. A paralisação vai incidir sobre serviços de prevenção e vistorias, limpezas de pavimento, entre outros serviços que não coloquem em causa o socorro.
O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais diz que só colocará fim à greve se forem recebidos pelo presidente da Câmara de Lisboa e ameaça avançar com um novo pré-aviso de greve se nada for feito.
O presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, denuncia sobretudo a falta de equipamento de proteção individual, como casacos e capacetes.

No domingo, durante o 45.º Congresso Nacional da Liga, que decorreu em Alcobaça, o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, disse estar otimista quanto às negociações com o Governo para a valorização das carreiras, mas garantiu que se não houver respostas até janeiro, vão mesmo avançar com protestos. Por sua vez, o secretário de Estado da Proteção Civil anunciou que há avanços na carreira de bombeiro, até ao primeiro trimestre de 2026, o que poderá adiar os protestos anunciados pela Liga.
Na passada quarta-feira, o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais apresentou uma queixa à Inspeção-Geral de Finanças contra a Câmara de Lisboa, denunciando “falhas graves” na gestão do regimento, nomeadamente falta de equipamentos de proteção individual.
Numa resposta enviada à Lusa, fonte da Câmara Municipal de Lisboa indicou que “na componente de viaturas e equipamentos houve um investimento de cerca de oito milhões de euros, capacitando o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa para a resposta a situações de elevada complexidade e perigosidade”.