A Google revelou esta terça-feira o Gemini 3, a terceira versão do seu modelo de inteligência artificial (IA). O Gemini 3 chega ao mercado quando passam cerca de 11 meses desde o lançamento do antecessor.

Numa publicação assinada por Sundar Pichai, CEO da Google, é dito que o modelo começa a ser disponibilizado aos utilizadores em todo o mundo a partir desta terça-feira. O CEO da gigante de internet declara que esta versão “é muito melhor a compreender o contexto e a intenção de um pedido para que obtenha o que pretende com menos prompting [pedidos]”.

“O Gemini 3 estabelece uma nova fasquia para o desempenho de um modelo de IA”, continua a Google. A tecnológica norte-americana refere que o modelo permitirá “ter respostas mais úteis, com melhor formatação e mais concisas”. A empresa declara que o modelo tem competências na área da escrita de código, nomeadamente na tendência do vibe coding, em que é possível pedir em linguagem natural para escrever o código de aplicações simples ou sites.

Além da escrita de código, o Gemini 3 vai ser posto já ao serviço na área da pesquisa. Aliás, segundo Sundar Pichai, esta “é a primeira vez” que a tecnológica aplica um modelo à pesquisa logo no lançamento. A partir desta terça-feira, por agora só nos EUA, o AI Mode disponível na pesquisa passa a ter um novo campo. Os utilizadores podem escolher se querem usar o modo tradicional ou experimentar o modo de raciocínio, que funciona com o novo modelo. “Com o Gemini 3, é possível responder a questões mais complexas e aprender mais de forma interativa através de uma compreensão melhor de intenção e nuances nos pedidos”, explica numa nota Elizabeth Reid, vice-presidente de engenharia da pesquisa Google.

A chegada do Gemini 3 traz outra novidade: interfaces que se adaptam às questões. Ou seja, a informação deixará de ser apresentada no habitual formato de pergunta e resposta, que é substituído por resultados com simulações, imagens ou tabelas. “Quando o modelo deteta que uma ferramenta interativa irá ajudar a perceber melhor um tema, usa as capacidades generativas de código para criar uma simulação personalizada ou ferramenta em tempo real e acrescenta à resposta”, diz Elizabeth Reid. No vídeo de exemplo, são apresentadas tabelas de comparação e animações para explicar conceitos.

A aplicação Gemini, disponível para os smartphones, também foi redesenhada para ter uma interface que se adapta à tarefa, explica a Google.

Modo IA na pesquisa da Google chega a Portugal

A Google não foge à tendência dos agentes de IA, uma forma de ter a IA a fazer tarefas rotineiras. A empresa anuncia a ferramenta experimental Gemini Agent, que vai poder fazer várias tarefas dentro da aplicação.

Frisando que ainda se trata de um teste, é detalhado que o agente vai conseguir ligar-se a outras aplicações Google (email, calendário) para fazer algumas tarefas. Por exemplo, “organiza o meu email” pode ser personalizado para levar o agente a fazer rascunhos de possíveis respostas, arquivar alguns emails ou eliminar publicidade. Mas, frisando que as respostas a emails de outras pessoas ficam sempre sujeitas à aprovação do utilizador antes do envio. 

Noutro exemplo, é possível dar informações mais precisas como “pesquisa e ajuda-me a fazer uma reserva de um carro para a minha próxima viagem, abaixo de 80 dólares por dia, usando os detalhes no meu email”. Nesse caso, o Gemini vai procurar a informação sobre datas de voos, comparar opções e fazer uma apresentação. Porém, nesta fase o Gemini Agent só vai estar disponível para os utilizadores do plano Ultra da Google nos EUA.