A chuva de meteoros Leônidas alcança o pico de atividade na madrugada deste domingo (16) para segunda-feira (17 de novembro de 2025), com maior visibilidade nas horas anteriores ao amanhecer. O fenômeno ocorre quando a Terra atravessa a trilha de detritos deixada pelo cometa 55P/Tempel-Tuttle e pode ser observado em todo o território brasileiro e no mundo. Especialistas estimam taxa de até 15 meteoros por hora em locais de céu escuro.
O evento anual começou em 6 de novembro e se estende até 30 de novembro. A fase minguante da Lua, com apenas 9% de iluminação, favorece a observação ao reduzir a interferência luminosa.
- Melhor horário: entre 3h e 5h da madrugada
- Direção principal: constelação de Leão, a leste
- Velocidade dos meteoros: cerca de 71 km/s
- Característica marcante: produção frequente de bólidos brilhantes
Origem do fenômeno
O cometa 55P/Tempel-Tuttle completa uma órbita ao redor do Sol a cada 33 anos. Durante essas passagens, deixa partículas que formam o fluxo de detritos responsável pela chuva Leônidas.
Os fragmentos, do tamanho de grãos de areia, entram na atmosfera terrestre a alta velocidade e se incineram, gerando os traços luminosos conhecidos como estrelas cadentes.
Chuva de meteoros _ Foto: Nazarii_Neshcherenskyi/ Shutterstock.com Condições ideais em 2025
A ausência de Lua cheia torna este um dos melhores anos recentes para observar as Leônidas sem equipamentos especiais. Locais afastados das capitais apresentam menor poluição luminosa e aumentam as chances de registro.
Regiões Norte e Nordeste do Brasil devem ter vantagem por causa do período seco e céus mais limpos nesta época do ano.
Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte exigem deslocamento para áreas rurais ou parques estaduais com pouca iluminação artificial.
Como observar com segurança
Os olhos humanos levam cerca de 30 minutos para se adaptar completamente à escuridão. Recomenda-se deitar de costas com os pés voltados para o leste e manter o campo de visão amplo.
Não é necessário telescópio ou binóculo. Roupas quentes e isolante térmico ajudam a enfrentar as baixas temperaturas da madrugada. Aplicativos de astronomia indicam a posição exata da radiante na constelação de Leão em tempo real.
Histórico de atividade intensa
A última grande tempestade de meteoros Leônidas ocorreu em 2002, quando foram registrados milhares por hora em algumas regiões. Eventos desse porte dependem da proximidade do cometa-mãe com o Sol.
A próxima aproximação significativa está prevista para 2031, com possibilidade de taxa maior que a atual.
Até lá, as Leônidas mantêm atividade moderada, mas continuam entre as chuvas mais rápidas e brilhantes do calendário anual.
Outras chuvas previstas
As Geminídeas chegam ao pico em 13 e 14 de dezembro, com taxa média de até 120 meteoros por hora em condições ideais. A chuva Ursídeas será visível entre 21 e 22 de dezembro.
As Quadrântidas abrem o calendário de 2026 com máximo em 3 de janeiro. Esses fenômenos fazem parte do ciclo anual de passagem da Terra por fluxos de detritos cometários e planetários.
A observação de chuvas de meteoros contribui para o monitoramento de objetos próximos à Terra e para estudos sobre a composição do Sistema Solar.