Na nota técnica da sondagem é salientado que “o Chega, em eleições legislativas, costuma apresentar crescimentos mais significativos nas duas semanas antes das eleições, conquistando muitos dos indecisos”

Caso as eleições legislativas fossem agora, a candidatura da Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, venceria. A AD mantém-se à frente nas intenções de voto, recolhendo 38,5% dos votos, considerando a distribuição de indecisos. Um resultado que resulta de um intervalo que varia entre 35,4% e 41,6% das intenções de voto. Já o Partido Socialista (PS), com José Luís Carneiro na liderança, e também considerando que há distribuição de indecisos, surge em segundo lugar, com um resultado de 26,4%, que resulta de um intervalo entre 23,6% e 29,2% das intenções de voto.

O Chega, liderado por André Ventura, regista uma intenção de voto de 16,7%, que resulta de um intervalo entre 14,3% e 19,1%. Já o Livre, com Rui Tavares, teria um resultado de 5,7%, a Iniciativa Liberal teria 5,3% das intenções de voto, a CDU teria 2,4%, o PAN, 0,9% e, por fim, o Bloco de Esquerda, com 0,7% das intenções de voto.

Comparando com as legislativas, a coligação liderada por Luís Montenegro apresenta um crescimento significativo face ao resultado alcançado em maio, quando venceu com uma votação ligeiramente inferior a 32%. José Luís Carneiro sobe face aos 22,8% alcançados e o Chega regista uma queda em relação aos quase 23% obtidos. No entanto, a nota técnica da sondagem refere que “o Chega, em eleições legislativas, costuma apresentar crescimentos mais significativos nas duas semanas antes das eleições, conquistando muitos dos indecisos”. “Contudo, no mês passado o Chega tinha 20,2% das intenções de voto contra os 16,7% deste mês”.

A distância entre AD e PS aumentou face a outubro, com a AD a consolidar a liderança, enquanto o Chega é o partido que mais recua. Os indecisos também registam uma subida de 1,4 pontos.

A análise por segmentos sociais mostra que Luís Montenegro destaca-se junto das classes sociais mais altas (A/B e C1), enquanto José Luís Carneiro apresenta ligeira vantagem nas classes sociais mais baixas (C2/D) e entre eleitores com 65 anos ou mais. AD e PS continuam a segurar a grande maioria dos eleitores das legislativas, ao passo que o Chega perde terreno sobretudo para os indecisos.

Ficha técnica

Sondagem realizada pela Pitagórica para a TVI e CNN Portugal com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com as eleições presidenciais de 2026. O trabalho de campo decorreu entre os dias 05 e 14 de novembro de 2025.

A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores recenseados em Portugal e foi devidamente estratificada por género, idade e região. Foram realizadas 1906 tentativas de contacto, para alcançarmos 1000 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 52,47%. As 1000 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 3,16% para um nível de confiança de 95,5%.

A distribuição de indecisos é feita de forma proporcional.

A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC – Entidade Reguladora da Comunicação Social, que os disponibilizará para consulta online.