A companhia aérea TAP actualmente detida a 100% pelo Estado português, registou resultados líquidos positivos de 126 milhões de euros entre Julho e Setembro deste ano, mais 16 milhões de euros do que um ano antes, “beneficiando da redução dos encargos com juros e dos ganhos cambiais” e “revertendo totalmente as perdas registadas no primeiro semestre”.

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, os lucros foram de 55 milhões de euros, o que são 30 milhões de euros menos do que nos primeiros nove meses do ano passado, segundo os dados financeiros disponíveis no site da transportadora, que se encontra em pleno processo de privatização de 49,9% do capital social.

O EBITDA (sigla em inglês par resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi de 592 milhões de euros entre Janeiro e Setembro, menos 11% (ou 73,5 milhões) face a igual período do ano passado. No terceiro trimestre, o EBITDA recorrente recuou 4%, para 333 milhões de euros.

Já os resultados antes de juros e impostos (EBIT, em inglês), caíram 32,7%, para 110,5 milhões de euros no período em análise, quando comparado com os primeiros nove meses de 2024.

No acumulado entre Janeiro e Setembro, as receitas operacionais totalizaram 3281 milhões de euros, um aumento de 0,5%, (ou 15,4 milhões) face aos três primeiros trimestres de 2024. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 3%, para 1326 milhões de euros.

Número de passageiros sobe

Naquele que a administração da companhia aérea classifica como “um dos Verões mais movimentados dos últimos anos”, a TAP registou um “aumento da capacidade (+4%), mais passageiros transportados (+4%) e mais voos operados (+1%) face ao Verão de 2024”, avança a empresa no comunicado da manhã desta quarta-feira, 19 de Novembro. Entre Julho e Setembro, a TAP transportou 4,8 milhões de passageiros, face aos 4,6 milhões verificados em igual período de 2024.

Até Setembro, a companhia transportou 12,7 milhões de passageiros, “o que representa um aumento de 2,9% face ao mesmo período de 2024”. O número de voos operados “registou um ligeiro crescimento homólogo de 0,7%, praticamente em linha com o período anterior”, acrescenta a comunicação da TAP.

Apesar da evolução da operação no terceiro trimestre, a administração não deixa de salientar que nem tudo ajudou à actividade da transportadora aérea. Luís Rodrigues, citado no comunicado enviado ás redacções, classifica este Verão como “um dos mais desafiantes, marcado por pressões concorrenciais persistentes e disrupções operacionais, desde greves, principalmente no handling, e constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais até restrições no espaço aéreo europeu e eventos meteorológicos adversos, que continuam a afectar” a operação da TAP, argumenta, “exigindo uma forte coordenação e resiliência das nossas equipas para mitigar impactos”.