A estátua em bronze, batizada como “Espírito Guardião Dragão-Onça”, da artista Huang Jian, foi encomendada pela China e trazida como presente para o Brasil. Instalada na Freezone Cultural Action, evento paralelo e complementar à COP30, a estátua tem sido alvo de intolerância religiosa nas redes sociais.
Segundo a Prefeitura de Belém, o governo chinês informou que a obra ficará definitivamente no Brasil como símbolo da cooperação bilateral na agenda ambiental. A expectativa é de que, após a COP30, o monumento seja instalado em área pública de Belém.
Artista Huang Jian com a estátua Espírito Guardião Dragão-Onça — Foto: Divulgação/Prefeitura de Belém
Ainda segundo a Prefeitura de Belém, a escolha das figuras combinadas se dá porque o dragão é uma representação chinesa e a onça aparece como ícone da força amazônica. Ambos são retratados como sentinelas e, por isso, aparecem com expressão furiosa e boca aberta.
Na obra, o dragão-onça segura o globo terrestre, representando a urgência climática e o compromisso global discutidos durante a COP 30. Segundo a artista, a fusão de elementos das civilizações chinesa e brasileira procura traduzir a parceria estratégica entre os países no enfrentamento das mudanças climáticas.
O dragão, na cultura chinesa, é uma força protetora, associada à sabedoria, prosperidade e à harmonia entre os elementos da natureza, diz material educativo publicado por órgãos oficiais de Pequim. O país ainda compreende a figura como guardiã das águas, da chuva e da fertilidade.