Uma nova sondagem, divulgada esta quarta-feira, que mede a intenção de votos para eleições legislativas, coloca a Aliança Democrática na frente, com 38,5% dos votos, o que representa uma subida significativa da coligação que lidera o Governo em relação ao resultado nas eleições de maio deste ano. Se as eleições fossem agora, o Partido Socialista recuperaria eleitores, surgindo destacado no segundo lugar, com 26,4% dos votos. O Chega perderia a liderança da oposição, recolhendo a preferência de 16,7% dos eleitores, uma queda acentuada em relação às últimas legislativas, aponta a sondagem da Pitagórica o JN, TSF, TVI e CNN.

Em quarto lugar, a larga distância surge o Livre, com 5,7% dos votos. O partido de Rui Tavares conseguiria, segundo esta sondagem, ultrapassar a Iniciativa Liberal, que recolhe apenas a preferência de 5,3% dos inquiridos. De seguida, surge a CDU, com 2,4%. Outra novidade é a o resultado do Bloco de Esquerda, que, com 0,7% das intenções de votos, surge atrás do PAN, que recolhe 0,9%. Todos estes resultados incluem uma distribuição de indecisos.

Chega ultrapassa AD e lidera pela primeira vez intenções de voto a nível nacional

Numa comparação direta com os resultados das últimas eleições legislativas, que ocorreram há apenas seis meses, esta sondagem mostra um reforço do centro político. A AD, com 38,5%, regista uma subida significativa, uma vez que, em maio, obteve pouco mais de 31% dos votos. Também o PS recupera eleitorado: tinha conseguido apenas 22,8% nas últimas eleições (ligeiramente acima do Chega), enquanto neste estudo de opinião, surge com mais 3,6 pontos percentuais. Quem mais cai é mesmo o Chega. O partido liderado por André Ventura conseguiu obter 22,76% nas últimas legislativas (o melhor resultado da história do partido, que permitiu a eleição de 60 deputados). No entanto, segundo a sondagem da Pitagórica, o Chega recolhe agora a preferência de 16,7% dos eleitores, uma queda de seis pontos percentuais.

Quanto aos restantes partidos, o Livre continua em rota ascendente. Depois de ter tido 4% nas legislativas de maio, o partido liderado por Rui Tavares consegue agora 5,7%, ultrapassando a IL. Os liberais, liderados por Mariana Leitão, não vão além dos 5,3%, o mesmo resultado alcançado em maio. A CDU, o PAN e o Bloco de Esquerda continuam a perder eleitorado.

Na distribuição das intenções de votos por segmentos sociais, nada muda. A AD continua a recolher a preferência dos eleitores das classes sociais mais altas, enquanto o PS é o partido preferido nas classes sociais mais baixas e entre eleitores com 65 anos ou mais.