Não são precisos estudos para nos dizerem que o exercício físico é um dos melhores aliados de uma vida saudável, em qualquer idade. No entanto, há estudos que nos vêm mostrar que, após os 60 anos, o que realmente faz diferença para manter o corpo saudável, independente e funcional, não são as caminhadas, são, sim, os treinos de força regulares.
Um estudo divulgado pela Harvard Medical School revela que, a partir dos 30 anos, começamos a perder massa muscular naturalmente, cerca de 1% a 2% ao ano. Parece pouco, mas o impacto acumula-se: chega-se aos 60 e 70 anos a perder até 3% por ano, afectando a mobilidade, o equilíbrio e a capacidade de realizar tarefas tão simples como subir escadas, levantar uma mala ou até uma cadeira.
Treinar força significa desafiar os músculos com resistência, seja com pesos, bandas elásticas, máquinas, ou até o peso do próprio corpo. A boa notícia é que nunca é tarde para começar, estando provado que pessoas que começam a treinar força aos 60, 70 ou até mais tarde conseguem recuperar massa muscular, força e mobilidade de forma significativa.
Claro que caminhar faz bem – melhora a circulação, mantém o coração activo e ajuda o corpo a mexer-se –, mas, sozinho, este hábito já não é suficiente para travar a perda de força e potência muscular que acompanha o envelhecimento.
Em suma, o recado da ciência e de Harvard é claro: à medida que os anos passam, os músculos não precisam apenas de movimento… precisam de estímulo. E o estímulo que faz realmente diferença chama-se treino de força.