Carlos Sainz, diretor da Grand Prix Drivers’ Association, manifestou publicamente o seu desagrado perante a penalização atribuída a Oscar Piastri no Grande Prémio do Brasil, considerando-a injusta e potencialmente determinante no desfecho do campeonato de Fórmula 1.
A polémica surgiu quando Piastri, piloto da McLaren, foi punido em dez segundos após uma colisão que envolveu Kimi Antonelli e, por arrasto, Charles Leclerc, obrigando ao abandono do piloto da Ferrari. Sainz, atualmente piloto Williams, classificou a decisão dos comissários como “inaceitável”, sublinhando que o incidente deve ser considerado uma situação de corrida e não uma infração penalizável. Segundo Sainz, a sanção prejudicou gravemente Piastri, impedindo-o de lutar pelo segundo lugar e possivelmente pela vitória, com impacto direto nas contas do título, num duelo onde só oito pontos separaram os dois pilotos da McLaren.
Foto: Philippe Nanchino /MPSA
O espanhol abordou também outros episódios semelhantes durante a época, salientando penalizações controversas em corridas como Zandvoort e Monza, e alertou para um excesso de rigor ou falta de bom senso na aplicação dos regulamentos. Sainz expressa o sentimento de muitos pilotos, que defendem uma abordagem menos rígida por parte dos comissários, instando a FIA a rever urgentemente as diretrizes de penalização nos incidentes classificados como ‘racing incidents’. A discussão centra-se na necessidade de clareza e proporcionalidade, reconhecendo que os regulamentos podem ser interpretados de múltiplas formas e que a atuação dos comissários nem sempre reflete a realidade das corridas.
Carlos Sainz afirmou: “Para mim, o facto de Oscar ter sido penalizado no Brasil é inaceitável, honestamente, para a categoria em que estamos e sendo o topo do automobilismo. Todos os que viram sabem que não foi culpa dele. O importante é dialogar e resolver estas questões, porque algo claramente não está a funcionar. Houve vários incidentes este ano que não se enquadram no espírito da F1″.