Embora Kennedy Jr. tenha esclarecido que não afirma que as vacinas causam autismo, considera que não existem provas suficientes para descartar tal ligação.


No entanto, as modificações feitas no `site` da agência apresentam a imunização e o autismo como conceitos intimamente relacionados.


Os CDC, agência que está sob a direção de um conselheiro do secretário da Saúde, atualizou o seu `site` na quarta-feira para enfatizar que a afirmação de que as vacinas “não causam autismo” não se baseia em provas científicas.


Acrescentou ainda afirmações como a de que os estudos científicos “não descartaram a possibilidade de as vacinas infantis causarem autismo” e que os CDC não associam a imunização ao autismo “para evitar a hesitação vacinal”.


Os CDC acrescentaram que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) está a analisar as causas do autismo e a investigar possíveis ligações causais com as vacinas.


A decisão de Kennedy Jr. é a mais recente de uma longa lista de medidas do Governo norte-americano para desencorajar a vacinação.


Em agosto, o Governo liderado pelo republicano Donald Trump nomeou Jim O`Neill, um alto funcionário próximo de Kennedy Jr., como diretor interino da agência governamental após a demissão de Susan Monarez, que alegou ter sido demitida por se opor aos pedidos do secretário de Saúde.


Além disso, a eficácia de algumas vacinas tem sido questionada por responsáveis norte-americanos, incluindo o Presidente Donald Trump, que lançou dúvidas em setembro sobre o sucesso das vacinas contra a covid-19, ao exigir que as empresas farmacêuticas divulgassem as suas taxas de sucesso.


O Estado da Florida, governado pelo republicano Ron DeSantis, anunciou em setembro planos para terminar a vacinação obrigatória, uma decisão que os especialistas lamentaram, uma vez que poderia abrir caminho a doenças já erradicadas no país.