A cantora e atriz Ornella Vanoni, diva da música popular italiana, morreu nesta sexta-feira, 21, aos 91 anos, em sua casa em Milão, informaram autoridades e a imprensa local. A artista foi vítima de uma parada cardíaca pouco antes das 23h (19h em Brasília).
Nascida em 22 de setembro de 1934, “La Vanoni” foi uma das cantoras mais conhecidas da cena musical italiana. Ela alcançou seus maiores sucessos nas décadas de 1960 e 70 com canções como La Musica è Finita, Eternità, Una Ragione di Più e L’Appuntamento, versão italiana de Sentado à beira do caminho, de Erasmo e Roberto Carlos.
Mas o encontro com a música brasileira não parou por aí. Em 1976, Vanoni lançou o álbum La voglia la pazzia l’incoscienza l’allegria, uma coletânea de regravações em italiano de canções de Tom Jobim, Chico Buarque, Toquinho e Vinícius de Moraes, entre elas Io so che ti amerò (Eu sei que vou te amar) e Semaforo rosso (Sinal fechado).
Reconhecida também pelos marcantes cabelos ruivos e cacheados, que a transformaram em um ícone fashion da época, em 1999 ela se tornou a primeira cantora na história do Festival de Sanremo a receber um prêmio pelo conjunto da obra.
A artista faleceu nesta sexta-feira, 21, vítima de uma parada cardíaca Foto: Piero Cruciatti/AFP
Vanoni começou sua carreira no teatro antes de lançar sua carreira de cantora nos palcos da capital lombarda, sob a direção de Giorgio Strehler, o famoso diretor teatral que foi seu parceiro e mentor.
Ornella vendeu mais de 50 milhões de discos e teve uma carreira marcada por colaborações, como o cantor e guitarrista George Benson, o pianista Herbie Hancock, o cantor e compositor Franco Califano e cantor e escritor Gino Paoli, com quem manteve uma longa e estreita relação artística e pessoal.
O Ministro da Cultura do país, Alessandro Giuli, lamentou o falecimento da artista, que deixou a Itália sem “uma de suas artistas mais originais e refinadas”, declarou. “Graças à sua voz única e talento interpretativo incomparável, ela marcou a história da música, do teatro e do entretenimento italianos”.
Presidente da Câmara dos Deputados italiana, Lorenzo Fontana, também se manifestou. Para ele, Vanoni “marcou a história da música, deixando um legado artístico que permanecerá para sempre gravado no coração de todos”. /Com informações de AFP