Ambos foram palestrantes do 40º Congresso Brasileiro de Urologia, que aconteceu nesta semana em Florianópolis. Para entender, precisamos de fato começar pelas descobertas na área da reprodução. Foram elas, afinal, que levaram à convicção de que os espermatozoides mostram como os rapazes andam cuidando da saúde.

No que se acreditava

Em metade dos casais com dificuldade para ter filhos, a origem do problema está na mulher. Na outra metade, no homem. Mas durante décadas os estudos focaram na fertilidade feminina. Até porque é sabido que, quanto mais velha a candidata à mãe, menos óvulos ela tem e a qualidade deles é pior também.

“Durante a gestação, um embrião feminino possui entre 6 e 7 milhões de folículos nos ovários, que darão origem aos óvulos. Mas, ao nascer, só restam 1 milhão”, conta o professor Pasqualotto, dando a dimensão da derrocada das células sexuais femininas ao longo da vida.

Já os espermetozoides… A produção deles dentro dos testículos leva cerca de 74 dias. Nesse tempo, percorrem finíssimos tubos enrolados feito serpentinas até ficarem completamente prontos. Da adolescência em diante, essa linha de produção nunca desacelera. De maneira que, mais ou menos a cada três meses, há espermatozoides novos em folha.

“Com isso, acreditávamos que o espermatozoide não teria problemas com a idade”, diz o urologista gaúcho.”No entanto, ele pode afetado por poluição, radiação, infecções, álcool, tabagismo, uso de drogas, níveis de colesterol, obesidade…”