O Presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, concedeu um perdão a 31 cidadãos ucranianos que estavam presos por vários crimes, uma decisão resultante das negociações da Bielorrússia com os Estados Unidos, divulgou o Governo bielorrusso.
O anúncio foi feito este sábado pela secretária de imprensa do Presidente bielorrusso, Natalya Eismont, numa conferência aos jornalistas. “Em conformidade com os acordos alcançados entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, e a pedido da Ucrânia, o Presidente concedeu indulto a 31 cidadãos ucranianos que cometeram crimes no nosso país”, disse a secretária de imprensa em declarações à agência de notícias Belta.
“Esta decisão, um gesto de boa vontade guiado por princípios humanitários, procura criar as condições para a resolução do conflito armado no país vizinho”, explicou a porta-voz, antes de anunciar que os 31 ucranianos estavam a ser repatriados “naquele preciso momento”.
A Ucrânia também anunciou já ter recebido os 31 civis que se encontravam detidos na Bielorrússia. “Mulheres e homens detidos na Bielorrússia e condenados a penas de prisão que variam entre os dois e os 11 anos estão a regressar à Ucrânia”, declarou o comité de coordenação da troca de prisioneiros de Kiev, na aplicação de mensagens Telegram. “Expressamos a nossa gratidão aos Estados Unidos da América e ao Presidente Donald Trump pelo seu trabalho profícuo no regresso de civis e militares ucranianos da Bielorrússia e da Rússia”, acrescentou.
O enviado especial dos Estados Unidos para a Bielorrússia, John Coale, revelou recentemente o interesse do líder da Casa Branca em “normalizar” as relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Bielorrússia. Washington ofereceu-se para levantar as sanções impostas à companhia aérea estatal da Bielorrússia e reabrir a sua embaixada naquele país europeu.
O Governo da Bielorrússia é um dos grandes aliados da Rússia, que invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022.