Tatiana Schlossberg, neta do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy e filha de Caroline Kennedy, revelou neste sábado (22) que enfrenta leucemia mieloide aguda em estágio terminal. Aos 35 anos, a jornalista e escritora publicou ensaio pessoal na revista The New Yorker informando que os médicos estimam menos de um ano de vida.
O diagnóstico ocorreu em maio de 2024, poucas horas após o parto de seu segundo filho. Exames de rotina mostraram contagem de leucócitos em 131 mil por microlitro de sangue, muito acima do limite normal de 4 a 11 mil.
A doença apresenta mutação genética rara que torna o tratamento convencional pouco eficaz. Tatiana, mãe de dois filhos pequenos, relatou que nadava um quilômetro por dia mesmo grávida de nove meses e não apresentava sintomas prévios.
Powerful essay from Tatiana Schlossberg, granddaughter of JFK, on her experience with leukemia.
Cancer affects everyone. https://t.co/PZ0Pzh48k8
— Harold J. Burstein, MD, PhD, FASCO (@DrHBurstein) November 22, 2025
Detalhes do diagnóstico
Médicos identificaram a leucemia mieloide aguda logo após o nascimento. A contagem elevada de células brancas indicou immediately a necessidade de investigação mais profunda.
Testes posteriores confirmaram a presença de mutação genética específica. Essa alteração reduz significativamente as chances de resposta positiva à quimioterapia padrão.
O quadro evoluiu rapidamente nos meses seguintes. Tratamentos iniciais não conseguiram controlar a progressão da doença.
Contexto familiar e data simbólica
O texto foi publicado exatamente no 62º aniversário do assassinato de John F. Kennedy, ocorrido em 22 de novembro de 1963. Tatiana é filha única de Caroline Kennedy com o designer Edwin Schlossberg.
Ela mantém casamento com George Moran desde 2017. O casal tem dois filhos, o mais novo nascido em maio de 2024.
A família Kennedy já enfrentou diversas tragédias ao longo das décadas. Este novo diagnóstico atinge a quarta geração.
Perguntas sobre possível origem
Profissionais de saúde questionaram relação com os atentados de 11 de setembro de 2001. Leucemias são comuns entre socorristas expostos aos escombros do World Trade Center.
Tatiana estudava na sexta série em Nova York na data dos ataques. Ela visitou o local anos depois, mas não permaneceu por longos períodos.
- Não há evidências concretas de ligação entre a exposição e o câncer atual
- Estudos continuam monitorando casos entre moradores da região na época
- A mutação genética identificada não apresenta relação conhecida com agentes tóxicos do 11/9
Tratamento e prognóstico atual
Os médicos iniciaram protocolo intensivo imediatamente após o diagnóstico. As primeiras sessões de quimioterapia não produziram a remissão esperada.
A mutação rara impede o uso de diversas terapias-alvo disponíveis. Opções experimentais foram avaliadas, mas com resultados limitados até o momento.
Tatiana mantém acompanhamento constante em hospital de Nova York. A equipe médica ajusta continuamente o plano terapêutico conforme a resposta do organismo.
Repercussão inicial
O ensaio publicado na The New Yorker recebeu ampla divulgação nas redes sociais. Leitores manifestaram apoio à jornalista conhecida por trabalhos sobre mudanças climáticas.
Amigos da família confirmaram que Tatiana mantém rotina limitada, mas continua escrevendo. O texto mistura memórias pessoais com reflexões sobre o tempo restante.
A publicação coincide com feriado nos Estados Unidos. Diversos veículos de comunicação destacaram a coincidência com a data histórica para a família Kennedy.