Melhor em campo: Trincão (7)
Professor. Era ele quem mandava. O único titular indiscutível numa equipa cheia de sangue novo, irreverente, que se procurava divertir em campo. Mas para se fazer a festa é preciso marcar e foi ele que se chegou à frente com dois golos que permitiram todos os miúdos poderem ‘brincar’ no recreio de Alvalade. Um raro golo de cabeça, à matador, e um remate bombástico, foram as notas de uma noite em que todos os outros alunos, bem menos experientes, procuraram tirar preciosos apontamentos. Foi, de longe, aquele que conseguiu conduzir toda a equipa para uma noite tranquila, com excelentes momentos e dois golos determinantes.
João Virgínia (6)
Presente. Nas únicas duas ocasiões em que foi testado por parte do Marinhense: numa defesa apertada a Ricardo Matias (45+2’) e Brahima (57). Teste superado.
Vagiannidis (6)
Proativo. Ainda lhe falta acertar, por vezes, o timing de quando deve ir e ficar no corredor, levando a algumas hesitações. Mas é evidente a sua ousadia em querer ter bola, assumir, dar profundidade pelo corredor. Conseguiu agitar até porque foi por ali, na direita (com o apoio de Blopa) que foram surgindo as melhores ocasiões.
Eduardo Quaresma (6)
Atento. A todas as movimentações de João Vieira, a fonte de maior perigo do Marinhense. Bom posicionamento, qualidade na saída de bola, numa noite tranquila, sem grandes sobressaltos.
Matheus Reis (6)
Patrão. Com a braçadeira de capitão. Voz ativa dentro de campo, consistente na missão defensiva e eficaz em vários passes de longa distância para os alas leoninos. Excelente capacidade de adaptação a várias posições, cumpriu no eixo defensivo.

Matheus Reis foi capitão dos leões na partida desta noite – Foto: MIGUEL NUNES
Mangas (6)
Preparado. Faz jus ao nome e parece ser sempre aquele jogador que arregaça as… mangas seja qual for o cenário ou adversário. Maior atrevimento da segunda parte (ainda colocou uma bola no ferro num cruzamento da esquerda).
Kochorashvili (6)
Abrangente. Excelente visão de jogo, com dinâmica (e muito espaço…) para pensar o jogo, notabilizou-se pelo critério de passe para o jogo exterior. Um jogo onde se sentiu sempre confortável com bola, procurando várias combinações com a linha ofensiva, ainda que sem efeitos práticos…
Morita (5)
Sereno. O nipónico está longe do fulgor de outros tempos e isso é notório pela menor dinâmica que impõe no seu jogo. Demasiado estático, confortável, sem arriscar muito. Cresceu na segunda parte quando procurou transportar mais e criar desequilíbrios com algumas subidas à área contrária.
Blopa (6)
Grande. Fixem o nome porque vai dar que falar. Poderoso em termos físicos, uma passada impressionante, ganha metros com facilidade. Vários cruzamentos (um deles que deu origem ao primeiro de Trincão), incisivo e corajoso. Falta-lhe afinar a tomada de decisão (fruto dos seus 18 anos) mas tem um potencial que lhe permite sonhar com voos maiores.
Alisson Santos (6)
Vertiginoso. Um arranque com motor de alta velocidade, vertical e explosivo. Foi quebrando a apatia da partida nas suas acelerações e esteve perto de se estrear a marcar nas provas internas, com uma bomba ao ferro (42’) e um remate cruzado muito potente que permitiu mais uma excelente defesa de Framelin.
Rodrigo Ribeiro (6)
Atrevido. Não é Luis Suárez, nem Ioannidis, claro. Mas também é bom de bola. Menos possante que o helénico ou eficaz como o colombiano, sabe movimentar-se, criar espaços, sem receio de fazer uso da sua habilidade técnica na frente. Não marcou, é certo, mas criou muito e não fosse Framelin (que lhe evitou o golo em duas ocasiões, 16 e 45+3) poderia ter saído de Alvalade com outro protagonismo.
Quenda (6)
Ligado. Ofereceu vivacidade e maior critério pelo corredor esquerdo. Foi dele que partiu o cruzamento perfeito para o golo de Luis Suárez.
Flávio Gonçalves (5)
Valente. De peito aberto, cabeça levantada, ainda tentou duas ou três arrancadas que levaram algum perigo.
Luis Suárez (6)
Matador. Saiu do banco para ganhar ritmo, com o resultado fechado, mas marcou na primeira ocasião após cruzamento de Quenda. E aos 90+2’, de cabeça, quase bisou…
Geny Catamo (5)
Perigoso. Esteve perto de fechar a noite com chave de ouro com aquele remate em arco no último suspiro da partida…
Fresneda (-)
Oito. Os minutos que esteve em campo. Escassos para poder acrescentar.